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Ultimato de Trump a Putin, balanço da Petrobras e IPC-S: o que move os mercados

Teleconferência da petroleira nesta manhã detalha balanço acima das projeções e distribuição de R$ 8,66 bilhões em dividendos

Petrobras: teleconferência de resultados às 11h15 detalha lucro acima do esperado e anúncio de R$ 8,66 bilhões em dividendos (Petrobras/Divulgação)

Petrobras: teleconferência de resultados às 11h15 detalha lucro acima do esperado e anúncio de R$ 8,66 bilhões em dividendos (Petrobras/Divulgação)

Publicado em 8 de agosto de 2025 às 07h48.

Esta sexta-feira, 8, começa com investidores dividindo a atenção entre o noticiário político, a temporada de balanços e dados econômicos pontuais.

No exterior, encerra-se hoje o ultimato dado por Donald Trump para que Vladimir Putin encerre a guerra na Ucrânia, embora o próprio presidente americano já tenha minimizado a pressão.

Também no radar está a indicação de Stephen Miran, atual chefe do Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca e aliado próximo de Trump, para ocupar temporariamente, até janeiro, uma vaga no conselho do Federal Reserve (Fed) deixada por Adriana Kugler.

A escolha, que ainda precisa ser confirmada pelo Senado, é considerada favorável a uma postura mais branda na política monetária, já que Miran defende cortes de juros e minimiza o impacto inflacionário das tarifas impostas pelos Estados Unidos, o que reforça as apostas de redução da taxa básica já em setembro.

Ao mesmo tempo, cresce a especulação sobre a sucessão de Jerome Powell na presidência do Fed, com Christopher Waller, atual diretor e que votou pelo corte na última reunião, despontando como favorito para assumir o comando a partir de 2026, em meio a preocupações sobre a independência do banco central diante das críticas frequentes de Trump à política monetária.

No radar hoje

No Brasil, a agenda de indicadores é enxuta: às 8h, sai o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) da primeira quadrissemana de agosto, da FGV, seguido às 9h pela Pesquisa Industrial Mensal Regional de junho, do IBGE.

Ainda pela manhã, às 9h, o diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen, participa de evento do JOTA, que também reúne o secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, e as ministras Simone Tebet e Gleisi Hoffmann.

Entre os destaques corporativos, às 11h15 a Petrobras realiza teleconferência com investidores para comentar o balanço divulgado na véspera, quando reportou lucro líquido de R$ 26,6 bilhões e anunciou R$ 8,66 bilhões em dividendos. Depois do fechamento, é a vez da fabricante de alimentos M. Dias Branco divulgar seus números.

Mercados internacionais

Os mercados asiáticos fecharam sem direção única nesta sexta-feira, 8. O Japão liderou os ganhos, com o Nikkei 225 avançando 1,85% e o Topix superando pela primeira vez os 3.000 pontos, impulsionados por balanços positivos e pela sinalização dos EUA de ajuste em tarifas sobre produtos japoneses. Em contrapartida, outras bolsas da região recuaram, como o Hang Seng (-0,94%), o sul-coreano Kospi (-0,55%) e o australiano S&P/ASX 200 (-0,28%).

Na Europa, por volta das 7h10 (horário de Brasília), o pregão operava de forma mista. O índice europeu Stoxx 600 registrava alta de 0,27% e o francês CAC 40 subia 0,36%, enquanto o britânico FTSE 100 tinha leve alta de 0,02% e o alemão DAX recuava 0,14%.

Nos Estados Unidos, no mesmo horário, os índices futuros indicavam alta moderada, com o Dow Jones avançando 0,18%, o S&P 500 ganhando 0,26% e o Nasdaq 100 subindo 0,28%.

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