Repórter
Publicado em 24 de abril de 2025 às 20h35.
Última atualização em 24 de abril de 2025 às 20h43.
A Vale (VALE3) divulgou os resultados referentes ao primeiro trimestre de 2025 nesta quinta-feira, 24, após o encerramento do pregão. A companhia registrou um lucro líquido de US$ 1,394 bilhão, valor que representa uma queda de 17% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o lucro foi de US$ 1,679 bilhão.
A receita líquida de vendas da mineradora chegou a US$ 8,119 bilhões entre janeiro e março deste ano, retração de 4% em comparação com o primeiro trimestre de 2024.
Já o Ebitda ajustado, indicador que mede o desempenho operacional antes de juros, impostos, depreciação e amortização, atingiu US$ 3,115 bilhões, diminuição de 9% na base anual. O documento também mostra que a dívida líquida da mineradora subiu para US$ 12,2 bilhões, avanço de 21% na comparação anual.
"Tivemos um início de ano consistente, alinhado com nossos objetivos para 2025. Estamos vendo um bom momento na gestão de custos, com nosso C1 atingindo US$ 21/t no 1T, continuando a trajetória de queda ano a ano. Nossos projetos de geração de valor continuam a progredir, sendo elementos essenciais para aumentar a flexibilidade do nosso portfólio e melhorar a eficiência operacional e de custos", declarou Gustavo Pimenta, CEO da Vale.
Havia expectativa de que a Vale apresentasse resultados mais fracos no primeiro trimestre de 2025, refletindo os impactos operacionais da temporada de chuvas na região Norte do Brasil e uma combinação negativa de fatores, que inclui preços realizados mais baixos, menor volume de vendas e impacto cambial desfavorável.
O consenso da Bloomberg para os números da companhia apontava para um EBITDA de US$ 3,26 bilhões, queda de 5% frente ao mesmo período de 2024 e um lucro de US$ 1,52 bilhão, recuo de 9% na mesma base de comparação.
O relatório da Vale também aponta que, no comparativo anual, a mineradora teve aumento nas vendas em todos os seus segmentos de negócios. As vendas de minério de ferro cresceram 4%, um aumento de 2,3 milhões de toneladas. Já os volumes de cobre e níquel avançaram 7% (5,1 mil toneladas) e 18% (5,8 mil toneladas), respectivamente.
O preço médio realizado com a venda do minério de ferro ficou em US$ 90,8 por tonelada. Esse valor permaneceu praticamente inalterado em relação ao trimestre anterior, mas apresentou uma queda de 10% na comparação com o mesmo período de 2024, reflexo da redução nos preços de referência do mercado.