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Verde, de Stuhlberger, vê oportunidades no Brasil apesar da fragilidade fiscal

Com o custo de capital altíssimo e a fragilidade fiscal, o Brasil busca estabilidade enquanto o fundo Verde aposta em juros reais e no Real

Publicado em 8 de julho de 2025 às 06h02.

O mês de junho trouxe um cenário de volatilidade e ajustes para os investidores brasileiros. De acordo com o último relatório de gestão do fundo Verde, de Luis Stuhlberger, o mercado local continuou a enfrentar desafios financeiros, enquanto o país lidava com questões fiscais e políticas. A batalha política em torno do IOF se acirrou com a derrubada pelo Congresso do decreto de aumento do imposto, e o cenário global contribuiu para acentuar as tensões no mercado local.

O fundo Verde, que continua focado no mercado doméstico, registrou ganhos no Euro, Real, e nas alocações em criptomoedas e crédito local, mas enfrentou perdas devido a hedges em petróleo e commodities. "O mercado busca olhar para longe, em busca da mudança eleitoral, mas com desafio de lidar com um custo de capital altíssimo", escreveu o fundo em um relatório.

As alocações em juros reais e Real mostraram-se como as mais atrativas, com o carrego favorecendo uma perspectiva de retorno ajustado ao risco, segundo o Verde. No Brasil, o cenário segue desafiador, com o mercado de crédito e as taxas de juros ainda apresentando uma grande pressão sobre as empresas e investidores locais.

Em termos de performance, o fundo apresentou uma rentabilidade de 0,97% no mês de junho, acumulando 7,15% até o momento, refletindo o contexto econômico global e local. O cenário macro nos Estados Unidos sinaliza uma política monetária mais frouxa, com a expectativa de cortes a partir de setembro, o que contribui para a contínua enfraquecimento do dólar. Esse cenário não foi suficiente, no entanto, para alterar o ritmo dos mercados acionários globais, que continuaram sua trajetória positiva.

O fundo Verde aumentou suas posições compradas na bolsa brasileira, enquanto manteve um posicionamento neutro em bolsas globais. "Nos EUA trocamos mais um pedaço da posição de inflação por alocações aplicadas em juro real", escreveram os analistas. Com um CDI acumulado de 6,41% em 2025, o fundo segue navegando um ambiente desafiador, mas com uma estratégia clara de busca por retornos ajustados ao risco.

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