Weg: a fabricante de motores e equipamentos da indústria de energia subiu 15,43% (Leandro Fonseca/Exame)
Repórter de mercados
Publicado em 23 de julho de 2025 às 09h52.
Última atualização em 23 de julho de 2025 às 09h55.
A WEG (WEGE3) registrou lucro líquido de R$ 1,59 bilhão no segundo trimestre deste ano, o que representa um aumento de 10,4% em relação ao mesmo período de 2024 e uma elevação de 3% em comparação aos três primeiros meses de 2025. A margem líquida (relação entre lucro e receita) alcançou 15,6%, uma leve melhora de 0,1 ponto percentual na comparação anual e de 0,3 ponto percentual, na trimestral. O lucro ficou um pouco abaixo das expectativas do mercado, que esperava um valor de R$ 1,7 bilhão.
O balanço do segundo trimestre, divulgado nesta quarta-feira, 23, também mostrou um EBITDA de R$ 2,25 bilhões, um aumento de 6,5% em relação ao segundo trimestre de 2024 e 4% superior ao trimestre passado. A margem EBITDA foi de 22,1%, ligeiramente inferior à do ano passado (23,0%), mas superior a do primeiro trimestre de 2025, quando foi de 21,6%. Os analistas do BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da Exame) esperavam um EBITDA de R$ 2,39 bilhões e uma margem de 21,8%.
A fabricante de motores elétricos reportou uma receita operacional líquida (ROL) no segundo trimestre de R$ 10,2 bilhões, uma alta de 10,1% em relação ao mesmo período de 2024 e 1,3% superior ao primeiro trimestre deste ano. O número ficou praticamente em linha com a estimativa do Itaú BBA, que projetava R$ 10,9 bilhões.
A receita no mercado interno apresentou uma queda de 5,9% em relação ao trimestre anterior, enquanto o xterno cresceu 6,9%, impulsionado pela valorização do dólar, que subiu 8,8% em relação ao real, de R$ 5,21 no segundo trimestre de 2024 para R$ 5,67 no segundo tri de 2025.
Nos negócios adquiridos da Marathon, Rotor e Cemp, a receita operacional líquida foi de R$ 674,7 milhões no período, sendo 61,3% na área de Equipamentos Eletroeletrônicos Industriais (EEI) e 38,7% em Geração, Transmissão e Distribuição de Energia (GTD), ambos com forte presença no mercado externo.
O retorno sobre o capital investido (ROIC) da WEG caiu para 32,9%, uma redução de 4,5 pontos percentuais em relação ao 2T24 e de 0,3 ponto percentual frente ao primeiro trimestre deste ano.
A companhia destacou que a estabilização dos custos das matérias-primas, o mix de produtos vendidos e a busca contínua por eficiência operacional foram fatores importantes para a manutenção da margem bruta de 33,7%, um aumento de 0,8 ponto percentual em relação ao trimestre anterior.
Em relação às despesas, as de Vendas, Gerais e Administrativas (VG&A) somaram R$ 1,2 bilhão, representando um aumento de 20,2% na comparação anual e de 0,7% sobre o trimestre passado. A principal causa do aumento foi a consolidação das aquisições e o incremento nas despesas com fretes.
As atividades operacionais geraram R$ 1,9 bilhão até junho de 2025, refletindo o crescimento da receita e a manutenção de boas margens operacionais. Já as atividades de investimento consumiram R$ 1,3 bilhão, com foco na modernização e expansão das fábricas no Brasil e México. No financiamento, a empresa captou R$ 1,2 bilhão, mas também teve amortizações líquidas de R$ 933,2 milhões, com distribuição de R$ 1,8 bilhão em dividendos e JCP.
A WEG realizará uma teleconferência nesta quinta-feira, 24, às 11h, com transmissão pela internet. A conferência será em português, com tradução simultânea para o inglês.