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ANS propõe plano apenas para consultas e exames, sem direito a pronto-socorro e internação

O objetivo seria ampliar o acesso e a diversidade de planos no Brasil, além de diminuir as filas no SUS

Hospital: A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) repassou ao Sistema Único de Saúde (SUS) R$ 491 milhões no primeiro semestre deste ano (Diego Vara/Agência Brasil)

Hospital: A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) repassou ao Sistema Único de Saúde (SUS) R$ 491 milhões no primeiro semestre deste ano (Diego Vara/Agência Brasil)

Letícia Furlan
Letícia Furlan

Repórter de Mercados

Publicado em 11 de fevereiro de 2025 às 09h52.

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A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) aprovou na segunda-feira, 10, uma consulta e uma audiência públicas para discutir a criação de um ambiente regulatório (sandbox regulatório) experimental que permite o teste de um novo plano de saúde para cobrir apenas consultas eletivas e exames. O objetivo, segundo comunicado da agência, seria ampliar o acesso e a diversidade de planos no Brasil.

Alexandre Fioranelli, diretor de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS, argumentou que atualmente apenas 25% dos brasileiros têm planos de saúde, o que sobrecarrega o SUS (Sistema Único de Saúde) e cria uma demanda reprimida por planos de saúde. Em análise, o diretor afirma que identificou três causas principais para o problema: a baixa oferta de planos individuais e familiares; as diferenças das regras para planos individuais e para coletivos, e a existência de regras restritivas para ingresso em planos coletivos.

"O que queremos agora é apresentar uma nova opção de plano voltada para pessoas físicas, com foco na atenção primária e secundária, com a segurança que um produto regulado oferece”, afirmou Fioranelli.

A ideia com o sandbox regulatório é criar um novo tipo de plano, mais simples e economicamente mais acessível. Ele será focado apenas em exames e consultas eletivas em todas as especialidades médicas, mas sem acesso a pronto-socorro, internação e terapias. A expectativa da ANS é a ampliar o acesso de pessoas à atenção primária e secundária, incluindo cerca de 10 milhões de brasileiros no setor de saúde suplementar, reduzindo a fila de exames do SUS e acelerando o diagnóstico dos pacientes. Para Fioranelli, o diagnóstico precoce também precisa ser visto como uma consequência positiva do projeto.

O novo produto que será testado é uma opção extra aos consumidores, sem que traga prejuízo aos produtos que já existem na saúde suplementar.

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