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Falso motoboy e troca de cartão: os 10 golpes mais aplicados contra clientes bancários

Levantamento mostra os golpes mais relatados pelos clientes aos bancos associados da Febraban; saiba como se prevenir

Falso motoboy: é um dos golpes mais aplicados, segundo a Febraban  (Getty Images/Getty Images)

Falso motoboy: é um dos golpes mais aplicados, segundo a Febraban (Getty Images/Getty Images)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 14 de abril de 2025 às 14h02.

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A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) fez um alerta nesta segunda-feira, 14, com os golpes mais aplicados por criminosos. O golpe do WhatsApp, das falsas vendas e da falsa central/falso funcionário de banco são as três abordagens mais comunicadas por clientes em 2024 às instituições bancárias.

Segundo Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban, os bancos investiram cerca de R$ 5 bilhões em segurança e prevenção a fraudes e crimes cibernéticos.

10 golpes mais comuns

Veja a seguir os 10 golpes mais comunicados por clientes aos bancos associados em 2024:

Golpe do WhatsApp

Como é: o golpista descobre o número do celular e o nome da vítima de quem pretende clonar a conta de WhatsApp. Com essas informações, tenta cadastrar o WhatsApp da vítima em seu aparelho. Para concluir a operação, é preciso inserir o código de segurança que o aplicativo envia por SMS sempre que é instalado em um novo dispositivo. Os fraudadores enviam uma mensagem pelo WhatsApp fingindo ser do Serviço de Atendimento ao Cliente de site de vendas ou de empresa que a vítima tem cadastro. Eles solicitam o código de segurança, afirmando se tratar de uma atualização/protocolo, manutenção ou confirmação de cadastro.

Como evitar: Uma medida simples para evitar que o WhatsApp seja clonado é habilitar, no aplicativo, a opção “Verificação em duas etapas”. Desta forma, é possível cadastrar uma senha que será solicitada periodicamente pelo app. Essa senha não deve ser enviada para outras pessoas ou digitadas em links recebidos.

Golpe da falsa venda

Como é: Criminosos criam páginas falsas que simulam e-commerce, enviam promoções inexistentes por e-mails, SMS e mensagens de WhatsApp e investem na criação de perfis falsos de lojas em redes sociais.

Como evitar: Sempre fique muito atento. O produto tem um preço médio no comércio de R$ 1.000,00, mas alguém está anunciando o mesmo item por R$ 300,00? Há fotos e vídeos de antes e depois de produtos com resultados mirabolantes? A loja oferece poucas opções de pagamento? O e-commerce é recém-criado em rede social? Pare, pense e desconfie. Pode ser golpe. Tome muito cuidado com links recebidos em e-mails e mensagens e dê preferência aos sites conhecidos para as compras.

Golpe da falsa central telefônica/falso funcionário

Como é: O fraudador entra em contato com a vítima se passando por funcionário do banco ou empresa com a qual o cliente tem um relacionamento ativo. O criminoso informa que há irregularidades na conta ou que os dados cadastrados estão incorretos. A partir daí, solicita os dados pessoais e financeiros da vítima e orienta que realize transferências alegando a necessidade de regularizar problemas na conta ou no cartão.

Como evitar: O cliente deve sempre verificar a origem das ligações e mensagens recebidas contendo solicitações de dados. Os bancos podem entrar em contato com os clientes para confirmar transações suspeitas, mas nunca solicitam dados pessoais, senhas, atualizações de sistemas, chaves de segurança, ou ainda que o cliente realize transferências ou pagamentos alegando estornos de transações. Ao receber uma ligação suspeita, o cliente deve desligar, e de outro telefone, deve entrar em contato com os canais oficiais de seu banco.

Phishing (pescaria digital)

O que é: O phishing, ou pescaria digital, é uma fraude eletrônica que visa obter dados pessoais do usuário. A forma mais comum de um ataque de phishing é por mensagens e e-mails falsos que induzem o usuário a clicar em links suspeitos. Também existem páginas falsas na internet que induzem a pessoa a revelar dados pessoais.

Como evitar: Nunca clique em links recebidos por mensagens. Mantenha seu sistema operacional e antivírus sempre atualizados. Na dúvida, fale com seu banco.

Golpe do falso investimento

Como é: Falsos grupos criam sites de empresas de fachada e perfis em redes sociais para atrair as vítimas e convencê-las a fazerem investimentos altamente lucrativos e rápidos. Usam vários artifícios para enganar os interessados: fornecem informações falsas da suposta empresa, mostram depoimentos inexistentes de pessoas que foram bem-sucedidas com o investimento, entre outros. Em alguns casos, para criar credibilidade, indicam que o usuário faça investimentos baixos no início e até chegam a pagar algum valor para a vítima. Posteriormente, induzem a vítima a fazer investimentos mais altos. Depois que conseguem tirar uma quantia alta da pessoa, somem.

Como evitar: Sempre desconfie de promessas de rendimentos ou retornos muito acima daqueles praticados no mercado. Pesquise e verifique se a instituição é autorizada a operar no mercado e procure informações sobre sua atuação. Desconfie se houver insistência para fechar rapidamente algum negócio com a alegação de que irá perder uma oportunidade. Tome cuidado com abordagens em redes sociais e também com sites patrocinados em sites de busca.

Golpe da troca de cartão

O que é: Golpistas que trabalham como vendedores prestam atenção quando você digita sua senha na maquininha de compra e depois trocam o cartão na hora de devolvê-lo. Com seu cartão e senha, fazem compras usando o seu dinheiro.

Como evitar: Quando você for fazer uma compra com seu cartão físico, lembre-se dos ‘Sempre’: sempre cheque o valor na tela da maquininha, sempre confira se o cartão que te devolveram é o seu mesmo e sempre passe você o cartão na maquininha. Não entregue cartões para ninguém

Golpe do falso boleto

Como é: Os criminosos apostam na desatenção dos pagadores para aplicar golpes, falsificam boletos e colocam seus dados bancários para que recebam o crédito do documento de pagamento.

Como evitar: Confira com atenção os dados do beneficiário do boleto tais como CPF ou CNPJ do emissor, data de vencimento e valor. No momento do pagamento, independente do canal utilizado (caixa eletrônico, mobile bank, internet bank etc.), os dados do beneficiário (a empresa que receberá o dinheiro) serão mostrados, o que permite ao pagador realizar a conferência com os dados que constam do boleto físico que está em suas mãos. Se a conta em questão não pertencer ao beneficiário correto, o cliente não deve concluir a operação. Em caso de qualquer dúvida, o cliente deve entrar em contato com o SAC da empresa.

Golpe da devolução do empréstimo

Como é: O golpista, de posse dos dados do cliente, realiza a contratação de um empréstimo em alguma instituição indicando a conta legítima do cliente para recebimento. Após a efetivação do empréstimo, os golpistas entram em contato com o cliente solicitando a devolução do dinheiro para que façam o cancelamento da operação. E indicam uma chave pix ou um boleto para a devolução.

Como evitar: Se receber uma ligação ou mensagem desse tipo, entre em contato diretamente com o banco pelos canais oficiais (telefone, site ou aplicativo). Se o banco realmente precisar que você devolva um valor, o procedimento será feito por meio dos canais oficiais da instituição. Nunca transfira dinheiro para contas de pessoas ou empresas desconhecidas.

Golpe da mão fantasma

Como é: criminoso entra em contato com a vítima se passando por um  falso funcionário do banco. Usa várias abordagens para enganar a vítima: informa que a conta foi invadida, clonada, que há movimentações suspeitas, entre outras artimanhas. E diz que vai enviar um link para a instalação de um aplicativo que irá solucionar o problema. Se o cliente instalar o aplicativo, o criminoso terá acesso a todos os dados que estão no celular.

Como evitar: Se receber esse tipo de contato, desconfie na hora. Desligue e entre em contato com a instituição através dos canais oficiais e de um outro telefone para saber se algo aconteceu mesmo com sua conta.

Falso motoboy

Como é: O golpe começa com uma ligação ao cliente, de uma pessoa que se passa por funcionário do banco, e diz que o cartão foi clonado, informando que é preciso bloqueá-lo. Para isso, diz o golpista, bastaria cortá-lo ao meio e pedir um novo pelo atendimento eletrônico. O falso funcionário pede que a senha seja digitada no telefone, e fala que, por segurança, um motoboy irá buscar o cartão para uma perícia. O que o cliente não sabe é que, com o cartão cortado ao meio, o chip permanece intacto, e é possível realizar diversas transações.

Como evitar: Fique atento. Nenhum banco pede o cartão de volta ou envia qualquer pessoa ou portador para retirar o cartão na casa dos clientes. Então, desligue o telefone e ligue, de outro aparelho, para o banco, para verificar se realmente houve alguma irregularidade.

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