IPCA-15: a principal contribuição para o resultado foi o custo das passagens aéreas, que recuou 11,18% em maio (Renato Araújo/Agência Brasil)
Repórter de Mercados
Publicado em 27 de maio de 2025 às 11h48.
Última atualização em 27 de maio de 2025 às 11h59.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial do Brasil, subiu 0,36% em maio, apresentando desaceleração em comparação ao mês de abril, quando o indicador registrou alta de 0,44%.
É o menor patamar para o indicador no mês desde 2020, em plena crise da covid. O resultado veio abaixo da expectativa do mercado, que esperava um aumento de 0,44%.
O índice acumula agora alta de 5,40% em 12 meses, permanecendo acima do teto da meta de inflação para 2025. O acumulado do ano fechou o mês em 2,80%.
A principal contribuição para o resultado foi o custo das passagens aéreas, que recuou 11,18% em maio. Isso impactou em menos 0,07 ponto porcentual na taxa final do índice para o mês divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em abril, esse recuo foi de 14,15%, o que representou menos 0,09 ponto percentual para a inflação da época.
Os gastos das famílias com transportes tiveram queda de 0,29% em maio, ante recuo de 0,44% em abril. Isso contribuiu com menos 0,06 ponto percentual para a inflação do mês.
Os combustíveis subiram 0,11% em maio, com altas nos preços do etanol (0,54%) e da gasolina (0,14%), mas quedas no óleo diesel (-1,53%) e gás veicular (-0,96%).
Enquanto o ônibus urbano recuou 1,24%, o metrô aumentou 0,51%, devido a reajuste de 5,33% nas tarifas no Rio de Janeiro. Já o táxi avançou 0,49%.
Sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram aumento em maio, com destaque para vestuário (0,92%), saúde e cuidados pessoais (0,91%) e habitação (0,67%).
O que mais impactou o índice geral foi saúde e cuidados pessoais (0,12 ponto percentual), seguido por habitação (0,10 ponto percentual).