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Pix por aproximação começa apenas para Android nesta sexta; veja como funcionará

Usuários de celulares android poderão usar o Pix por aproximação para fazer pagamentos sem precisar digitar senha a partir de sexta-feira

Karla Mamona
Karla Mamona

Editora da Homepage

Publicado em 27 de fevereiro de 2025 às 15h01.

Última atualização em 27 de fevereiro de 2025 às 15h16.

A partir desta sexta-feira, 28, usuários de celulares Android poderão usar o Pix por aproximação para fazer pagamentos sem precisar digitar senha. A nova funcionalidade, que usa a tecnologia NFC, permitirá que os clientes realizem transações apenas encostando o celular na maquininha de cartão.

No entanto, o recurso não estará disponível para iPhones, pois a Apple não solicitou licença ao Banco Central para atuar como iniciadora de transação de pagamento (ITP). Isso significa que, por enquanto, o Apple Pay não terá integração com o Pix por aproximação no Brasil.

Como funciona o Pix por aproximação?

Com a nova modalidade, pagamentos poderão ser feitos sem necessidade de QR Code, senha ou a função "copia e cola". Nas compras online, o Pix será concluído diretamente dentro do site da empresa vendedora, com apenas um clique.

O valor máximo por transação será de R$ 500, mas os usuários poderão reduzir esse limite ou definir um teto diário para essa modalidade.

Bancos e carteiras digitais compatíveis

O Pix por aproximação já vinha sendo testado desde novembro por grandes bancos e empresas de tecnologia. Usuários de Android poderão ativar a função em carteiras digitais, como o Google Pay, e utilizá-la da mesma forma que cartões de débito e crédito.

Entre os bancos e adquirentes que participam da iniciativa estão:

  • C6 Bank
  • PicPay
  • Itaú (através da maquininha Rede)
  • Cielo
  • Getnet
  • PagBank
  • Stone
  • SumUp
  • Fiserv
  • Safra Pay
  • Sicredi
  • Azulzinha
  • Mercado Pago
  • Bin

Bancos terão de autorizar pagamentos via ITP

Além da nova funcionalidade, a partir desta sexta (28), os bancos serão obrigados a autorizar transações iniciadas por um Iniciador de Transação de Pagamento (ITP). Isso significa que plataformas de pagamento poderão processar Pix sem que o cliente precise acessar diretamente o aplicativo do banco.

Já a adesão ao Pix por aproximação, tanto por aplicativos bancários quanto por maquininhas, será opcional. No entanto, espera-se que a concorrência entre as instituições financeiras incentive uma adoção mais ampla do serviço.

O Banco Central (BC) recomenda que os clientes verifiquem com seus bancos se a funcionalidade já está disponível.

Segurança e autenticação reforçadas

Para usar o novo serviço, será necessário cadastrar as chaves Pix na carteira digital ou diretamente em sites e aplicativos de lojas. A autorização será feita junto ao banco, no ambiente da carteira digital ou do e-commerce.

Cada transação exigirá autenticação via biometria, reconhecimento facial, senha ou chave de segurança, tornando as operações mais seguras e reduzindo riscos de fraudes.

Impacto no varejo e no consumo

O Pix por aproximação deve impulsionar o uso do meio de pagamento no comércio, já que atualmente a maioria das transações com Pix acontece entre pessoas (45%).

Hoje, pagar com Pix em lojas físicas pode ser mais demorado do que com cartão, pois o usuário precisa abrir o aplicativo do banco, copiar um código e aguardar a confirmação. A simplificação desse processo pode aumentar a adesão dos consumidores e reduzir o abandono de carrinhos no e-commerce.

Segundo o Banco Central, os pagamentos por aproximação já representam 65% das transações presenciais com cartões no Brasil. A expectativa é que o Pix siga essa tendência, especialmente porque as taxas cobradas são menores do que as dos cartões, beneficiando lojistas.

Atualmente, o Pix já é o meio de pagamento mais usado no Brasil, com mais de 16 bilhões de transações no terceiro trimestre de 2024 , contra 5 bilhões no cartão de crédito.

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