Repórter
Publicado em 14 de maio de 2025 às 08h42.
Plataformas de e-commerce chinesas estão oferecendo descontos de até 2.530 yuans (aproximadamente US$ 351) nos modelos mais recentes do iPhone da Apple, a linha 16, como parte de um esforço para aumentar as vendas, após uma queda nas remessas da gigante americana no primeiro trimestre, seu segundo maior mercado.
Essa estratégia é adotada em um momento em que os varejistas online da China intensificam a competição por consumidores cada vez mais preocupados com os custos elevados em uma economia desacelerada.
O destaque para os cortes de preços acontece antes do festival de compras "618", que ocorre em 18 de junho, um dos maiores eventos de consumo do país.
A plataforma JD.com, por exemplo, está oferecendo o iPhone 16 Pro com 128 GB de armazenamento por 5.469 yuans, uma redução de 2.530 yuans em relação ao preço oficial da Apple, que é 7.999 yuans, segundo informações divulgadas pela agência de notícias Reuters, nesta quarta-feira, 14.
Já o modelo de 256 GB está sendo vendido por 5.469 yuans, o que representa uma queda de 1.530 yuans em relação ao preço oficial de 6.999 yuans, com a inclusão de subsídios governamentais.
No marketplace Tmall, da Alibaba, o iPhone 16 Pro com 128 GB está sendo vendido por 5.499 yuans, com um desconto de 2.500 yuans em relação ao preço oficial, após aplicação de cupons que incluem também subsídios estatais. A Reuters não conseguiu confirmar se os descontos estão sendo fornecidos diretamente pela Apple ou pelas plataformas de e-commerce.
A Apple já havia reduzido os preços de seus modelos mais recentes durante o evento de compras "618" do ano passado, segundo Will Wong, analista sênior de smartphones da IDC. "A Apple está repetindo a estratégia de promoção de vendas utilizada no evento do ano passado", explicou, em entrevista à Reuters. "A empresa está diminuindo o preço do iPhone 16 Pro para aproveitar os subsídios estatais chineses para produtos digitais."
Esses descontos seletivos fazem parte da estratégia de preços da Apple na China, que inclui promoções próprias ou cortes oferecidos por plataformas online e revendedores autorizados. Em janeiro, a Apple ofereceu descontos de até 500 yuans em seu próprio site, e, nos últimos anos, plataformas de e-commerce chinesas também promoveram ofertas semelhantes.
As remessas de smartphones da Apple na China caíram 9% no primeiro trimestre, enquanto concorrentes locais como Xiaomi e Huawei registraram ganhos de 40% e 10%, respectivamente, de acordo com dados da IDC.
Os smartphones estão entre os principais alvos de um plano mais amplo de estímulo ao consumo da China, com governos locais de grandes cidades, como Pequim, oferecendo subsídios de até 500 yuans para aparelhos com preço inferior a 6.000 yuans.