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Primeiro investimento: por que as 'caixinhas' podem ser melhores que a poupança

Com garantia do FGC e rendimentos acima do CDI, ‘cofrinhos virtuais’ podem ser uma boa opção para quem está começando

Investimento: simulação mostra que 'caixinhas virtuais' rendem mais que poupança (Getty/Getty Images)

Investimento: simulação mostra que 'caixinhas virtuais' rendem mais que poupança (Getty/Getty Images)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 22 de agosto de 2025 às 14h52.

Para quem está começando a investir, a sopa de letrinhas e as palavras complicadas podem assustar: LCI, LCA, CRI, CRA, debêntures, Tesouro, CDBs. Por conta disso, muitas pessoas acabam colocando seu dinheiro em um investimento popular: a poupança. Mas será que vale a pena investir nela?

A poupança é protegida pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), ou seja, em caso de intervenção, liquidação ou falência de uma instituição financeira, o FGC garante ao investidor a devolução de até R$ 250 mil por CPF e por instituição em aplicações elegíveis.

Mas não é somente a poupança que é protegida por esse mecanismo. As ‘caixinhas virtuais’ que investem em títulos de renda fixa e viraram febre entre os investidores nos últimos anos, também são — e, inclusive, podem render mais que a poupança.

“Entre a poupança e as ‘caixinhas’, a ‘caixinha’ é muito mais vantajosa em relação ao rendimento e tão segura quanto a poupança. Para quem tem dinheiro na poupança, vale transferir para as ‘caixinhas’. Para quem está começando, melhor começar pela ‘caixinha’ do que pela poupança”, afirma Aline Soaper, educadora financeira.

Rápido, prático e seguro, as ‘caixinhas’, ou ‘cofrinhos virtuais’, democratizaram o acesso aos investimentos e impulsionam a renda fixa, que chegou a marca de 100 milhões de CPFs, um aumento de 9% em relação ao fim de 2024, quando eram 91,8 milhões.

Isso porque as ‘caixinhas’ investem, majoritariamente, em renda fixa, como CDBs e fizeram essa modalidade superar a poupança em valores. De acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), no primeiro semestre de 2025 foram R$ 1,15 trilhão (CDBs) contra R$ 957 bilhões (poupança) respectivamente.

“Esse efeito foi provocado em larga escala pelas ‘caixinhas/cofrinhos’ dos bancos digitais que também se mostrou no alto número de CPFs na B3 em renda fixa, com CDBs e RDBs”, afirma Felipe Paiva, diretor de Relacionamento com Cliente, Educação e Pessoa Física da bolsa brasileira.

Poupança X ‘caixinhas’

Confira uma simulação de um investimento de R$ 1.000 em poupança, em ‘caixinhas’, e em diversos tipos de investimento em renda fixa para fins de comparação.

Se atente: existe impostos, como o Imposto de Renda (IR) que segue uma tabela regressiva de 22,5% sobre o rendimento para aplicações de até 180 dias até 15% para aplicações acima de 720 dias.

“Quando olhamos a rentabilidade, temos que levar em consideração esses custos que não são totalmente transparentes para as pessoas”, diz Carlos Castro, planejador financeiro CFP pela Planejar.

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