Delivery: transações para apps de comida movimentaram R$ 1,11 bilhões no primeiro trimestre de 2025 (William Potter/Getty Images)
Repórter de finanças
Publicado em 13 de setembro de 2025 às 06h00.
Hoje, é comum pegar o celular numa sexta-feira a noite, escolher uma categoria como ‘pizza’ ou ‘hambúrguer’ e em questão de 1 hora (ou menos) ter sua comida em casa, sem precisar ir a qualquer lugar. Os deliveries se popularizaram nos últimos anos, principalmente depois da pandemia.
As estratégias das plataformas para aquisição de clientes, com descontos agressivos e promoções, somado à escassez de tempo e demanda por praticidade do consumidor, são alguns dos fatores que impulsionam os apps de comida.
“As empresas têm também criado estratégias de retenção e recorrência, onde incentivam o cliente a continuar comprando, como clubes de fidelidade”, explica Bruno Chan, CEO e cofundador da Klavi.
A ideia de que o brasileiro pede muito delivery pode ser medida em números: mais da metade (53,2%) da população já usa apps de delivery segundo uma pesquisa feita pela Klavi. Entretanto, a grande maioria ainda prefere o jeito tradicional: 93,1% não abrem mão de uma ida ao restaurante.
A Klavi também analisou 24,6 milhões de transações em apps de delivery para tentar identificar quanto e em que frequência o brasileiro gastava com os aplicativos.
E identificou que no primeiro trimestre de 2025, foram realizadas 14,7 transações, por pessoa, o que representa 4,9 transações por mês.
Dentro da amostra analisada, de 1,68 milhão de pessoas, no mesmo período, foram transacionados R$ 1,11 bilhões em apps de delivery.
Já o valor médio transacionado por pessoa foi de R$ 661 no primeiro trimestre de 2025, o que corresponde a um gasto médio mensal de R$ 220 por mês e um ticket médio de R$ 45 por refeição. Mais da metade, 60% dos clientes, pagam os pedidos no débito, enquanto 17% pagam em crédito e 23% no Pix.
Entre os nomes mais conhecidos do mercado, o iFood sai na frente, com 92,9% da amostra fazendo pedidos pela plataforma.
Mas a competição nesse setor ficou mais acirrada este ano, com a volta do 99 Food, incentivos no Rappi para restaurantes e chegada do Keeta, aplicativo da chinesa Meituan, no Brasil.
“Vamos ter cada vez mais concorrência neste segmento, barateando o custo de uma boa alimentação por delivery”, afirma Chan.
Embora diversos players possam ingressar nesse mercado, a tendência de médio e longo prazo é de consolidação, diz o CEO da Klav.