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Quarta de Copom: quanto R$1 mil pode render com a Selic a 15%?

Enquanto juros se mantiverem no maior patamar em quase 20 anos, aplicações de renda fixa continuam se destacando

Juros de 15%: Copom deve manter taxa na reunião desta quarta-feira (BrianAJackson/Thinkstock)

Juros de 15%: Copom deve manter taxa na reunião desta quarta-feira (BrianAJackson/Thinkstock)

Publicado em 5 de novembro de 2025 às 06h37.

Com a taxa básica de juros, a Selic, prestes a ser mantida em 15% ao ano, o investidor parece ter poucos motivos para deixar a renda fixa. Ninguém espera que o Comitê de Política Monetária (Copom) vá dar início a um ciclo de alívio monetário nesta quarta-feira, 5, e os juros, no atual patamar, são os maiores em quase 20 anos.

Entre poupança, CDB, Tesouro Direto ou outras classes de investimentos, um investimento inicial R$1 mil pode ter resultados bem diferentes a depender da escolha.

Simulações feitas pelo consultor financeiro Gabriel Eisner, sócio da Mhydas Planejamento Financeiro, apontam que a manutenção dos juros em seu patamar mais alto desde julho de 2006 reforça a atratividade da renda fixa.

Com a Selic em 15% ao ano, aplicações atreladas à taxa básica, caso dos CDBs, fundos DI e o Tesouro Selic, devem oferecer retornos maiores nos próximos meses.

Já a tradicional caderneta de poupança continua atrás das demais modalidades, embora ainda garanta rendimento positivo acima da inflação de 5,17%.

Quanto rendem R$ 1 mil na Poupança

Pela regras atuais, quando a taxa Selic é maior que 8,5% ao ano, a poupança tem uma rentabilidade de 0,5% ao mês somada à Taxa Referencial (TR). Já quando a taxa Selic for menor que 8,5% ao ano, o rendimento da poupança será de 70% da taxa Selic, somada à Taxa Referencial (TR).

Entre novembro de 2024 e outubro de 2025, Eisner calcula que a TR total somou 1,78%. Com juros no atual patamar, a rentabilidade bruta de poupança resulta em rentabilidade bruta de 7,95% ao ano, segundo as estimativas.

Na prática, R$ 1 mil aplicados na poupança renderia R$ 79,5, ou 7,95% no período de um ano, considerando ainda que a poupança é isenta de Imposto de Renda (IR).

O ganho real, porém, é outro, já que a inflação impacta nas aplicações. Para calcular o rendimento real de cada um dos investimentos, o consultor financeiro considerou a inflação em 5,17%, como indicado mais recentemente pelo IPCA.

Com isso, a rentabilidade real da poupança é de 2,65% ao ano. Ao final de um ano, portanto, o investidor teria R$ 1.026,50.

E no Tesouro Selic?

Já para calcular o Tesouro Selic, Eisner considerou uma taxa de 17,5% de IR. Essa taxa é paga nos resgates feitos após 360 dias e é aplicado também no caso dos CDBs.

A simulação indica que a aplicação de R$ 1 mil tem uma rentabilidade bruta de 14,8% ao ano, ou R$ 148. Mas com o desconto da inflação, ao final desse período o investidor que aplicou no Tesouro Selic teria um ganho real de R$ 1.066,90 (6,69% ao ano).

Variação entre os CDBs

A rentabilidade dos Certificados de Depósito Bancário, os chamados CDBs, variam a depender do banco.

Com a taxa de juros a 15%, a simulação mostra a rentabilidade líquida de um ativo de banco grande, que remunera 11,55% ao ano. O retorno líquido seria de R$ 115,50 nesse caso. Em ganhos reais, esse CBD renderá R$ 1.060,60 (6,06%).

A mesma aplicação de R$ 1 mil em um banco médio que paga 12,38% ao ano, equivale a um rendimento de R$ 123,75. Nesse caso, os mesmo R$ 1 mil se transformaria em R$ 1.068,50 líquidos ao final de um ano.

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