Redação Exame
Publicado em 19 de março de 2025 às 16h51.
A Receita Federal cobrou de Suzane von Richthofen o montante de R$ 52.993,30, referentes ao recebimento indevido de pensão do INSS. Ela usufruiu do benefício entre 2002 e 2004, após o assassinato de seus pais, crime da qual foi mandante. A informação foi divulgada pelo O Globo.
O Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou a argumentação de anos do Ministério Público Federal (MPF), que acionou a Justiça sob a justificativa de que não faria sentido que Suzane recebesse uma pensão pelo crime que ela mesma cometeu.
A cobrança de valores relativos a pensões já se arrasta há anos. Em 2013, a ministra do STF Cármen Lúcia determinou que Suzane devolvesse R$ 44.500 aos cofres públicos, após o MPF questionar a legalidade do benefício recebido por ela. Apesar da decisão, a autora do crime nunca regularizou a situação, e a dívida foi crescendo.
Nos últimos anos, a Justiça tentou localizar Suzane por meio de buscas patrimoniais nos sistemas Bacenjud, Renajud e Infojud, com o intuito de bloquear bens ou valores que pudessem quitar a dívida. Nenhum bem foi encontrado, e a ré alegou que os recursos recebidos já haviam sido consumidos.
Diante da impossibilidade de realizar o pagamento, o caso foi inscrito na Dívida Ativa da União, e o nome de Suzane foi incluído nos cadastros de inadimplentes, como o Serasa.
Atualmente, Suzane von Richthofen enfrenta um impasse judicial, com o nome registrado entre os inadimplentes, enquanto tenta se esquivar da cobrança. Sem bens para penhorar, a disputa sobre a dívida de R$ 52 mil segue sem uma solução à vista.