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FIIs: ainda vale a pena investir em galpões e deixar escritórios de lado?

André Romano e Thiago Duarte da JLL participam do programa FIIs em EXAME e analisam desempenho dos FIIs no primeiro trimestre de 2021

O investimento no mercado de imóveis pode ser realizado por meio de fundos imobiliários (Germano Lüders/Exame)

O investimento no mercado de imóveis pode ser realizado por meio de fundos imobiliários (Germano Lüders/Exame)

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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2021 às 08h30.

Última atualização em 9 de maio de 2021 às 16h45.

Considerado por anos como o “patinho feio” do mercado de fundos imobiliários (FIIs), o segmento industrial e de logística ganhou relevância ao longo de 2020 com o crescimento do e-commerce. A pandemia obrigou os brasileiros a priorizar o online na hora de investir, aumentando a demanda por fundos donos de galpões logísticos que pudessem suprir as novas necessidades do consumidor.

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Passado mais de um ano do início do fenômeno, a consultoria de serviços imobiliários JLL avaliou os dados do primeiro trimestre de 2021 para entender o que mudou desde então e quais as próximas tendências para o mercado. O assunto foi tema do programa FIIs em EXAME desta sexta-feira, 7, em que o professor Arthur Vieira de Moraes, da EXAME Academy, recebeu André Romano e Thiago Duarte, do time de capital markets da JLL.

A taxa de vacância do setor industrial/logístico ficou em 13,9%, enquanto ano passado rondava a casa dos 20%. Para Romano, isso demonstra que os proprietários do segmento ainda estão dando as cartas. “É uma pressão de preço a favor do proprietário, que pode tentar reajustar o valor do aluguel. É positivo para quem tem esse tipo de FII na carteira”, explica. Vale lembrar, no entanto, que os FIIs com imóveis voltados para a indústria não estão performando tão bem quanto aqueles do setor logístico.

No setor de escritórios, por outro lado, a taxa de vacância ainda está mais alta, em 24,1%, o que mantém a maior parte da força de negociação nas mãos dos inquilinos. “Ainda assim, a realidade é muito diferente dependendo da localização do imóvel. Regiões primárias [como Faria Lima, Berrini e Paulista, em São Paulo] são mercados que se mantêm com vacância mais baixa e preço mais alto. É onde existe maior resistência nos momentos de crise”, afirma Duarte. Já nas regiões secundárias ou alternativas, o poder de barganha dos inquilinos deve continuar alto pelos próximos três anos, segundo a avaliação da JLL.

Embora a balança esteja pendendo para os fundos de galpão na força de negociação do aluguel, os especialistas da JLL destacam que o importante é tentar prever os rumos para os próximos meses e anos. Uma das formas de se fazer isso é observando o mercado americano, onde a retomada econômica caminha a passos largos. “Nos EUA, o mercado de escritórios vem se recuperando e existe uma tendência do inquilino manter e remodelar o imóvel ao invés de encerrar o contrato”, argumenta Duarte.

Confira o programa completo:

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