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Para este CEO, a única forma de aprender sobre cripto é colocando seu dinheiro em jogo

CEO da Galaxy Digital defende exposição mínima a criptomoedas como forma prática de aprendizado financeiro

 (Binance/Divulgação)

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Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 27 de outubro de 2025 às 09h18.

Para Mike Novogratz, fundador e CEO da Galaxy Digital, não há melhor maneira de entender o mercado de criptomoedas do que colocando “um pouco de dinheiro em risco”.

Durante sua participação no Financial Advisor Summit da CNBC, o bilionário recomendou que investidores iniciantes, mesmo os mais conservadores saiam do zero e aloquem entre 1% e 5% de seus portfólios em criptoativos.

Ele argumenta que o envolvimento financeiro direto, ainda que pequeno, é o que de fato engaja o investidor no universo cripto.

“Depois de ter uma pequena verba, você começa a acompanhar a história. Você aprende sobre as coisas investindo um pouco de dinheiro”, disse.

Sua fala não é isolada. Outros especialistas concordam com os parâmetros: entre 1% e 5% do portfólio, dependendo do perfil do investidor.

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A recomendação não é tanto pelo potencial de retorno, mas pelo valor educacional e estratégico que esse tipo de exposição pode representar, especialmente para executivos e líderes financeiros. As informações são da CNBC.

A cripto como laboratório de aprendizado para executivos

O argumento de Novogratz dialoga diretamente com o mundo da educação executiva. Em vez de estudar o mercado apenas à distância, ele propõe que os profissionais se envolvam diretamente com a classe de ativos, de forma controlada e calculada, como forma de aprender com mais profundidade.

A lógica é simples: ao colocar uma pequena fração do capital em risco, o investidor tende a se interessar mais por notícias, entrevistas, movimentações e relatórios sobre o setor.

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Essa exposição prática pode ser mais eficaz do que qualquer curso teórico. “Você presta atenção ao artigo, à entrevista”, resume o CEO da Galaxy Digital.

Para executivos e tomadores de decisão em áreas como finanças, estratégia e inovação, acompanhar a evolução do mercado de criptoativos se tornou uma habilidade essencial, mesmo que a empresa em que atuam não tenha exposição direta a esses ativos.

Trata-se de entender novas formas de valor, blockchain, ativos digitais e o futuro das finanças descentralizadas (DeFi).

A volatilidade exige racionalidade e gestão de risco

Apesar do otimismo com a curva de aprendizado, Novogratz e outros especialistas são claros ao apontar os riscos.

Criptomoedas não são indicadas para todos os perfis e, em geral, devem ocupar uma parte reduzida da carteira, exatamente por conta da alta volatilidade e da ausência de lastros tradicionais.

“Quanto mais volátil for uma classe de ativos, menos você precisará dela”, diz Ivory Johnson, planejador financeiro e fundador da Delancey Wealth Management.

Para ele, 2% a 3% de exposição já são mais do que suficientes para quem deseja acompanhar o setor e aprender.

Essa visão é compartilhada por Brian Vendig, presidente da MJP Wealth Advisors, que alerta: antes de investir, o executivo deve saber por que está fazendo isso. “Se um investidor puder responder a isso adequadamente, então você poderá realmente descobrir o tamanho que deve ter.

Você quer se aventurar nessa classe de ativos? Ou essa classe nem sequer é racional para você como investidor?”, questiona.

Bitcoin valorizado, mas o foco está no comportamento, não no lucro

Apesar da valorização constante do bitcoin ao longo de 2023 e 2024, que manteve a criptomoeda entre US$ 60 mil e US$ 70 mil desde março, segundo dados da Coin Metrics, o foco principal não deve ser o ganho financeiro imediato, e sim a compreensão de um mercado que impacta diretamente as finanças globais.

Diferente de ações e títulos, que derivam seu valor de ativos subjacentes, as criptomoedas ainda operam baseadas na percepção de valor do mercado.

Isso significa que são ativos especulativos, cujo preço depende da disposição de compra dos investidores naquele momento.

Por isso, o alerta é claro, investir apenas aquilo que está disposto a perder.

Para profissionais e executivos do setor financeiro, trata-se de uma exposição estratégica, mais próxima de um estudo aplicado do que de uma aposta de retorno rápido.

Educação executiva e o papel da experimentação financeira

O discurso de Novogratz reflete uma tendência mais ampla dentro da educação executiva contemporânea: a de que o aprendizado mais eficaz acontece pela prática.

E, no caso das criptomoedas, não se trata apenas de entender a oscilação dos preços, mas de compreender como novas infraestruturas financeiras estão sendo construídas, como funcionam os contratos digitais, o papel da "tokenização" de ativos e as implicações regulatórias desse novo ecossistema.

Em um mercado cada vez mais digital e interconectado, líderes que ignoram esses movimentos correm o risco de tomar decisões defasadas ou baseadas em premissas ultrapassadas.

Por outro lado, executivos que buscam conhecimento aplicado, ainda que com pequenos investimentos, ampliam sua visão de futuro e posicionam-se à frente em seus setores.

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