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Gustavo Franco: a entrevista

Ao menos sete boas razões foram alinhadas para explicar a crise de credibilidade em que se encontrava a política econômica

Gustavo Franco: "Mas não se pode negar que, sem credibilidade, o governo não consegue rezar uma “Ave Maria” sem provocar críticas, e sem errar" (Leandro Fonseca/Exame)

Gustavo Franco: "Mas não se pode negar que, sem credibilidade, o governo não consegue rezar uma “Ave Maria” sem provocar críticas, e sem errar" (Leandro Fonseca/Exame)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 5 de fevereiro de 2025 às 15h20.

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*Gustavo Franco

Janeiro costuma ser vazio de notícias, exceto quando há um novo inquilino no Palácio da Alvorada. Mas não foi o caso de 2025, quando muitos enredos convergiram para o fim do mês, exatamente no dia 30, quando o presidente da República concedeu uma coletiva solo, com a intenção expressa de recolocar a comunicação do governo nos trilhos.

Para muitos, o governo tinha um problema de comunicação. Mas é comum de se observar em Brasília que, quando muitas autoridades concordam que há um problema de comunicação, é certo que há um problema de substância[1].

Como expressão desse teorema, ao menos sete boas razões foram alinhadas para explicar a crise de credibilidade em que se encontrava a política econômica, conforme artigo recente[2]. Como expressão desse conjunto, a chamada crise do PIX avultava como o grande evento do mês, uma evidente indicação de que a economia havia caído na vala das banalidades. Como é possível que um episódio tão grotescamente irrelevante pudesse se tornar uma crise?

Mas não se pode negar que, sem credibilidade, o governo não consegue rezar uma “Ave Maria” sem provocar críticas, e sem errar.

O ministro Haddad tinha feito a sua tentativa de consertar as coisas no dia 17, numa entrevista para a CNN, com resultados desastrosos.

Era preciso fazer alguma coisa.

De todo jeito, a ideia de uma entrevista solo do presidente Lula era a primeira iniciativa de impacto do novo ministro da secretaria de comunicação do governo, o publicitário Sidônio Palmeira, marqueteiro de Lula. Era preciso “virar o jogo”, inclusive tendo em vista os achados de uma pesquisa publicada dias antes (encomendada pela Genial/Quaest, e divulgada na segunda-feira, dia 27), mostrando queda pronunciada de aprovação e popularidade do governo.

Todos os enredos do mês tiveram sua síntese nesta fala do presidente da República, que se mostrou acertada, como iniciativa de comunicação, pois o presidente Lula se sente mais à vontade quando exerce sua profissão como estivesse a conduzir um grande programa de auditório. Nada havia de novo sobre a substância, nem novas medidas de nenhuma espécie, pois, afinal, era uma iniciativa no plano da comunicação. Puramente comunicação.

O Ibovespa subiu 2,82% no dia, alcançando 126.913 pontos, e no dia seguinte devolveu só um pedaço (0,61%), voltando a 126.135 pontos. O dólar caiu nesses dois pregões, 0,23% e 0,28%, terminando o dia 31 a R$ 5,84, significativamente abaixo dos 6 reais, uma espécie de fronteira do stress nesses dias.

A julgar por esses números, a primeira ideia do secretário Palmeira foi um sucesso, ou não?

Antes de responder, vale mencionar a segunda ideia do secretário Palmeira, a de criar um equivalente brasileiro ao movimento MAGA (“make America great again”) a favor do governo.

Alguns ministros e parlamentares, durante as eleições dos novos presidentes das duas casas legislativas no dia 1 de fevereiro, sábado, deixaram-se fotografar com vistosos bonés de cor azul, com a inscrição “o Brasil é dos brasileiros”. Era o MAGA lulista, um adereço curioso nessa sessão atípica do Congresso, casa cheia num sábado, e parecia em sintonia com as candidaturas nanicas desenhadas para perder honrosamente para Hugo Mota e Davi Alcolumbre.

A esse respeito, vale o registro que os muitos elogios ao cuidadoso e calculado discurso de posse de Hugo Mota deixaram de ressaltar uma notável passagem sobre a economia:

“Não se pode discutir mais o óbvio. Nada pior para os mais pobres do que a inflação, a falta de estabilidade na economia. E a estabilidade é a resultante de um conjunto conhecido e consensual de medidas de responsabilidade fiscal. Não se apaga fogo com gasolina. Não existe uma nova matriz de combate ao incêndio. Isso é apenas atear fogo com outro nome. E nosso dever é apagá-lo, pelo bem do povo brasileiro.”

A primeira ideia do novo secretário Palmeira foi muito melhor que a segunda, mas o conjunto dá uma boa noção do que está por vir em matéria de iniciativas de comunicação por parte do Palácio.

Goste-se ou não, é difícil discordar da tese pela qual Lula é o melhor recurso de comunicação de que dispõe o governo. E no final de janeiro era preciso responder aos sinais de perda de popularidade, eloquentemente exibidos na pesquisa Genial/Quaest.

No dia 30, tudo considerado, inclusive a crise do PIX, três outros fatos (novos) estariam a merecer reações do Palácio, ou dissertações do presidente da República:

- A reunião do COPOM do dia anterior, a primeira de Gabriel Galipolo como presidente do Banco Central do Brasil (BCB), elevara a taxa Selic para 13,25%;

- O presidente do PSD, Gilberto Kassab, dera declarações públicas pelas quais Lula perderia as eleições se fossem naquele momento e que Fernando Haddad era um ministro fraco; e

- Donald Trump tomara posse no dia 20 e vinha exibindo certa hiperatividade que gerava inquietação pelo mundo.

Além disso, havia outro enredo não comentado abertamente, mas muito difícil, o estado de saúde e de ânimo do próprio presidente, que havia se internado no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo no dia 9 de dezembro, para uma cirurgia de emergência para conter uma “hemorragia intracraniana, decorrente do acidente domiciliar sofrido em 19/10”. A cirurgia para a drenagem de hematoma transcorreu sem intercorrências, segundo o boletim médico do dia 10/12. No dia 15/12, depois de se deixar filmar caminhando e falando pelo hospital, o presidente teve alta. Entretanto, apenas no dia 27 de janeiro, de acordo com boletim médico, depois de fazer exames na unidade de Brasília do Hospital Sírio-Libanês, o presidente “foi liberado plenamente para exercer sua rotina habitual de vida, como viagens e atividade física”.

Feitas as contas, o presidente teria ficado 49 dias abaixo de sua “plena capacidade”, ainda que não tenha se licenciado. O vice Geraldo Alckmin assumiu a agenda de Lula, mas não a presidência, nesses dias. Depois de deixar o hospital, o presidente passou a usar um vistoso chapéu Panamá, a fim de ocultar a cicatriz da cirurgia. Elegante o chapéu, mas indiscutivelmente um sinal de que há um problema de saúde que talvez o afaste da disputa de 2026. Por quanto tempo o presidente usará o chapéu?

Caldeirão de influências

Eram muitos pratos no ar quando Lula começou a sua fala no dia 30 de janeiro.

O fato é que o mercado financeiro teve um dia feliz e o Palácio foi dormir com a sensação de que venceu uma batalha importante, ainda que tenha sido apenas “ganhar o dia”. Mas não era um dia como outro qualquer.

Todavia, não eram claros – nem costumam ser – os exatos determinantes do comportamento do mercado, e em que proporção. O mercado é um caldeirão de influências, de apostas e blefes, com cacife variado, em torno de muitas notícias, falsas e verdadeiras, e de resultados reconhecidamente imprevisíveis.

Foram várias notícias naquele dia:

- O juro mais alto. Ou a confirmação de que o novo presidente do BCB, Gabriel Galípolo, com as bençãos do presidente da República, mantaria intacto o regime de metas para a inflação e suas táticas mais recentes, inclusive atribuídas a Roberto Campos Neto. Que não haja engano: é muito comum que notícias ruins sobre a economia tenham impacto positivo no mercado, que as interpreta como indicação de outras coisas boas ainda por acontecer. O aumento nos juros repercute bem, pois é visto como o remédio para a crise fiscal e o sinal de que o BCB não foi capturado.

- O CAGED mais fraco. Outra notícia ruim, teoricamente. Trata-se de um indicador de atividade, como tantos que se publica ao longo de cada mês, mas que mostrava pela primeira vez certa desaceleração do ritmo do mercado de trabalho, apontando para a eficácia da política monetária. O efeito teria sido o de trazer para baixo a “curva de juros”.

- Falas de Lula na área política. Lula prestigiando Haddad, dizendo-se apto a continuar na direção de 2026, inclusive achando graça das observações do “companheiro Kassab”. Nenhuma indicação sobre reforma ministerial, especialmente sobre Gleisi Hoffman no ministério. Falas, sem dúvida, muito positivas.

- Falas de Lula sobre a economia. Lula negou que ia interferir na política de preços da Petrobras, desautorizando mensagens sobre controles de preços e medidas alternativas de controle da inflação. Ótima notícia. Adicionalmente, o presidente da República busca prestigiar a responsabilidade fiscal ao dizer que cumpriu estritamente as metas fiscais (o,1% do PIB negativo para o primário) e que “rombo” houve, mas no governo passado. Por isso, afirmou que não pensa em novas medidas fiscais, notícia mais ou menos, ou mesmo ruim.

Qual dessas “notícias” mexeu com o mercado e de que jeito e em qual proporção?

Talvez o secretário Palmeira tenha uma boa teoria, ou mesmo o próprio presidente. Mas parece difícil que se tenha algum exercício econométrico que traga essa resposta com qualquer grau aceitável de convicção.

De maneira geral, não há dúvida de que o presidente Lula ganhou o dia; naquela ocasião, ele venceu esta batalha. Mas há muito chão pela frente, trata-se apenas do início da segunda metade dessa presidência, e a estreia de um novo secretário de comunicação de viés marqueteiro. Não era boa a situação, pois não é normal que haja tanta fadiga, ou desconfiança, com relação ao governo nessa altura, na exata metade da presidência, mas tudo pode mudar para o pleito de 2026.

Para o encerramento do mês de janeiro de 2025, todavia, não havia ainda tanto a dizer sobre Donald Trump, cujas iniciativas viriam a se acumular, bem como sua presença no noticiário, nos dias subsequentes. As tarifas viriam na semana seguinte e os aviões com os deportados para o Brasil, bem como os que iam para a Colômbia, estavam no ar ou ainda não haviam se convertido em crises quando Lula fez sua coletiva. Trump e suas consequências serão, provavelmente, assunto para outras falas de Lula ao longo do ano, resta esperar.

Sobre Galípolo e a política monetária, o presidente da República não precisou dizer mais que apoiava integralmente o novo presidente do BCB. Acerca das declarações de Gilberto Kassab, o presidente estava em seu elemento e trouxe muitas frases de efeito.

Problema fiscal

O COPOM fez sua 268ª reunião nos dias 28 e 29 do mês de janeiro de 2025, a primeira presidida por Gabriel Galípolo e com a maioria dos membros da diretoria nomeados por Lula. Mas nenhum traço de mudança de passo da Autoridade Monetária pode ser percebido. O comitê decidiu de forma unânime pelo aumento da Selic em 100 pontos, para 13,25%, e o léxico do comunicado continuou o mesmo: com expressões chave como “assimetria altista no balanço de riscos” e “desancoragem adicional das expectativas de inflação”.

Na sua fala, o presidente da República indicou que já esperava a decisão, uma sutil indicação de que o presidente do BCB o avisou sobre o que ia se passar, e que, adicionalmente, o aumento “já estava demarcado pelo outro presidente” e que não poderia haver “cavalo de pau”. Afirmou, ainda, que espera que o BCB possa entregar juros menores “no tempo em que a política permitir”, que o governo “cumprirá sua parte”, e que o “companheiro Galípolo cumpra a função que ele tem que é de coordenar a política tributária brasileira [digo] política monetária brasileira”.

Novamente o COPOM destacou o problema fiscal, que deteriora as expectativas. Nada comentou dos números publicados para o resultado primário de 2024. O número oficial é 0,1% do PIB negativo, na métrica do arcabouço, o que permite que o presidente, à moda de Donald Trump, declare vitória no assunto, e proclame como resolvido o problema.

Na vida fora do Palácio não é assim. Há muitos descontos e pequenos atalhos contábeis para o cálculo do resultado a ser comparado à meta. Marcos Mendes refez o cálculo e achou um déficit de 2,1% do PIB[3]. Felipe Salto e Gabriel Garrote fizeram ajustes na mesma conta e a reduziram a estimativa de déficit para 0,7% do PIB[4]. Cálculos da Rio Bravo para o “déficit estrutural” estariam na faixa de 1,5% do PIB – portanto, muito afastados de um número que assegure estabilidade da dívida pública.

As dificuldades conceituais com a contabilidade do déficit público são intermináveis, sobretudo quando, em seu DNA, o governo petista não acredita em equilíbrio fiscal. Ampla evidência sobre isso foi fornecida pelo anúncio do número para o resultado fiscais das estatais, do qual se destacava o desempenho dos Correios, responsável por cerca de metade da conta, R$ 3,2 bilhões.

A ministra Esther Dweck, em coletiva, explicou que “não é rombo”, pois o resultado fiscal “pensa só as receitas e despesas do ano”, e teria desconsiderado o fato de que, tirando o CAPEX, a empresa é lucrativa. Não é um raciocínio intuitivamente deslocado, mas apenas deslocado. Claro que o efeito fiscal negativo é real, a decisão do acionista foi gastar o que poderia receber em dividendos em investimentos para fazer dos correios uma empresa de logística de classe mundial. A ministra não considerou que talvez não fosse a melhor conduta para o acionista, que já está muito endividado.

No dia 31, a ministra e o presidente dos Correios estavam reunidos com o presidente Lula. Mas dificilmente vai haver demissão, ou privatização da empresa. O fato é que a confusão conceitual e contábil sobre a medição do resultado primário só fez crescer.

Nessa linha, em sua fala, o presidente da República quis encerrar o assunto afirmando peremptoriamente que “zero vírgula um é zero”, e que quem duvidou na aderência do governo à reponsabilidade fiscal deveria pedir desculpas a Haddad.

 “Frenesi” no PT

Gilberto Kassab era o outro assunto delicado a tratar.

A dúvida sobre a saúde do presidente Lula, ou mais maliciosamente, se já estava em seu momento Joe Biden, só poderia ser dirimida pelo próprio desembaraço de Lula na entrevista, o que parecia bem encaminhado. Mas 2026 está longe, disse o presidente. Um argumento que servia ao propósito de desmontar a problema da impopularidade, por um lado, mas, por outro, tornava mais longa a estrada para o chefe do Executivo que mostra sinais de fadiga ou fragilidades em sua saúde. Logo antes da entrevista solo, o presidente Lula afirmou que a decisão sobre a candidatura em 2026 dependerá “da vontade de Deus” e de sua saúde[5].

A declaração teria causado “frenesi” no Partido dos Trabalhadores, pois o presidente “não tem herdeiros aparentes”, conforme a avaliação da revista The Economist[6], dentre muitas na mesma direção.

O ministro Fernando Haddad desponta como o nome mais forte se Lula estiver fora do pleito em 2026, mas o PT não parece simpatizar com a ideia. O Partido faz carga contra as políticas pragmáticas do ministro, ao que muitos associam à “fraqueza” apontada por Gilberto Kassab.

Há outras vertentes para esta suposta fraqueza, talvez a principal a que Haddad é um ministro político, nem muito claramente o chefe dos seis ministérios de que se compôs o outrora poderoso ministério da Economia. Haddad tem perfil de assessor, e não de formulador, uma consequência inevitável de sua fidelidade literal à Lula, sua única defesa factível diante da contrariedade do PT.

Haddad aceitou a função de ministro da Fazenda mesmo sem ter participado decisivamente das conversas sobre a PEC de Transição, em que ficou decidido um nível de gasto público talvez inviável para a nova presidência.  Em sua fala, Lula pareceu buscar consertar o problema de uma forma gentil para seu ministro: “eu acho que o Kassab foi injusto com o significado do companheiro Haddad no Ministério da Fazenda. Não reconhecer que o Haddad começou o governo coordenando a PEC da Transição, porque a gente não tinha dinheiro para governar o País em 2023”.

Seria mais exato seria reconhecer que Haddad concordou em assumir o que se conhece como o “pior emprego do mundo”[7] sem saber ao certo o que já estava determinado nos acertos referentes à PEC de Transição. Aliás, no livro de Thomas Traumann, Lula responde à pergunta sobre como escolher um ministro da Fazenda de modo muito claro: “Eu não quero um gênio para ser responsável pela economia. A decisão para a economia tem que ser política. Eu quero um cara que execute a decisão política que o governo toma para a economia. Porque, se você não tem chefe, se esse chefe não dá ordem, se o chefe não tem objetivo e estratégia, cada um vai fazendo o que bem entende”[8].

A política econômica é mais presidencial do que em qualquer outro momento no passado, eis aí a sua força, e talvez a sua maior fraqueza.

*Gustavo Franco é sócio-fundador da Rio Bravo Investimentos e ex-presidente do Banco Central do Brasil. Este artigo faz parte da Carta Estratégias de novembro relatório mensal distribuído pela Rio Bravo a seus clientes e reproduzido com exclusividade pela EXAME Invest.

[1] Chama-se o princípio do autoengano, 44ª lei do Kafka. Cf. As Leis secretas da economia: revisitando Roberto Campos e as leis do Kafka. Zahar Editora, Rio de Janeiro, 2012, p.122.

[2] Gustavo H. B. Franco “Sete razões” O Estado de São Paulo de 26/01/2025.

[3] Marcos Mendes “Autópsia do déficit primário de 2024” Folha de São Paulo, 24/01/2025.

[4] Felipe Salto e Gabriel Garrote “Um contraponto aos cálculos de Marcos Mendes para o déficit público” UOL 03/02/2025.

[5] “Lula diz que decisão de concorrer à reeleição em 2026 depende de Deus e de sua saúde” O Estado de São Paulo, 20/01/2025.

[6] “A esquerda brasileira sobreviverá sem Lula?” The Economist, 01/02/2025.

[7] É o título do livro do jornalista Thomas Traumann sobre os últimos 14 ministros da Fazenda antes de 2018.

[8] Thomas Traumann “O pior emprego do mundo” Editora Planeta, São Paulo, 2018, p.323.

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