Empresa familiar: como fortalecer as raízes e perpetuar o ciclo de crescimento. (Westend61/Getty Images)
Colunista
Publicado em 25 de abril de 2025 às 15h54.
As empresas são como plantas: nascem, crescem e morrem. Nascem porque houve um espaço no solo com luz e nutrientes. Crescem por garra, empenho e espaço que outros deixaram. Morrem pela mesma causa. Com o tempo a luz que gera energia já não consegue atingir todos os ramos e frutos e, por fim, novas plantas disputarão a mesma área. É preciso se reinventar.
É o ciclo da vida. Como postergá-lo? Removendo as folhas secas, evitando muitos ramos que consomem seiva e nutrientes, tornando-se forte e alta para continuar a buscar a luz.
A semente que germina em solo fértil gera uma planta e esta gera novos frutos que irão gerar novas sementes. Este ciclo não se perpetua para todos porque sementes do mesmo fruto também brigam por espaço. Algumas perecerão, outras viverão. Apesar de não ser justo é a lei da vida. Nessa selva as empresas geram herdeiros que buscam pelos seus espaços e irão competir com as outras sementes do mesmo fruto. A competição muitas vezes drena a seiva da árvore-mãe e pode sufocá-la e levá-la a própria morte causando o fim da espécie e do ciclo empresarial.
Estar à frente do estrondoso tronco é uma responsabilidade vigorosa, pois ao mesmo tempo que precisa alimentar seus frutos é preciso saber a hora para estimular que as sementes sejam levadas ao vento e busquem novos terrenos férteis.
Empresa familiar em seu ciclo só consegue se perpetuar quando as sementes são fecundadas em novo solo se desvinculando da seiva a qual sorveu sua maturação. Dessa forma, novas plantas irão produzir um novo ciclo com sua própria soberania.
Herdeiros aproveitem a fonte de energia com sabedoria e experiência até se tornarem independentes. Então, muitas vezes, a melhor alternativa é criar a sua própria árvore e que seja majestosa.