O futebol feminino atrai cada vez mais investimento publicitário e amplia oportunidades de patrocínio no mercado brasileiro (VCG/VCG/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 12 de setembro de 2025 às 12h35.
Última atualização em 12 de setembro de 2025 às 12h36.
As finais do Brasileirão Feminino 2025 entre Cruzeiro e Corinthians, transmitidas pela TV Globo, SporTV e TV Brasil, contam com a participação de mais de 15 marcas. O jogo de ida, realizado no último domingo, 7, na Arena Independência, em Belo Horizonte, terminou empatado em 2 a 2 e registrou o maior público da modalidade no país neste ano, com 19.165 torcedores. A decisão será concluída no dia 14 de setembro, às 10h30, na Neo Química Arena.
Até agosto, apenas a Amazon havia firmado contrato com a competição. Após entrada da agência Heatmap na negociação dos direitos, outras empresas se somaram aos jogos decisivos: Banco Sicoob, Itambé, Plié, Perdigão, Sadia, Start Bet, Ciclic, Arizona, Dover Roll, Alfapet, Aposta Ganha, Zaeli, Esportes da Sorte, Wega Motors, Luck.bet, Embalixo e Perfil Líder.
A Heatmap é parceira da FSports, detentora dos direitos comerciais do futebol feminino da CBF, e responsável pela venda de todas as cotas do Brasileirão, da Supercopa, da Copa do Brasil e de jogos da Seleção.
“O futebol feminino vive um momento importante, já consolidado como mercado e com expectativa de crescimento até a Copa do Mundo de 2027 no Brasil”, diz Renê Salviano, CEO da Heatmap.
Estudo da Nielsen Sports em parceria com a PepsiCo projeta que o futebol feminino estará entre os cinco esportes mais consumidos do mundo até 2030, com crescimento de 38% e público estimado em 800 milhões de pessoas.
A audiência global dos principais torneios deve avançar 30% no período, acompanhada do aumento das receitas de patrocínio — na Copa do Mundo de 2023, o número de acordos triplicou em relação a 2019.
No Brasil, o amistoso entre Brasil e Japão em maio de 2025, transmitido pela TV Globo em horário nobre, foi visto por 30 milhões de pessoas, somando Globo e SporTV, e se tornou a maior audiência já registrada da Seleção Feminina. A TV Brasil ampliou em 42,8% o alcance da primeira fase do Brasileirão em relação a 2024, passando de 2,1 milhões para 3 milhões de espectadores. A média de domicílios por partida chegou a 140 mil, alta de quase 20% em relação ao ano anterior.
Na decisão entre Cruzeiro e Corinthians, a Globo registrou 11 pontos de audiência e 27% de participação (share) tanto em São Paulo quanto no Rio de Janeiro. De acordo com a Kantar Ibope Media, cada ponto corresponde a 77.488 domicílios e 199.313 pessoas na Grande São Paulo e a 48.836 residências e 120.893 pessoas no Rio de Janeiro. O resultado superou o recorde anterior do torneio, que havia sido de 10 pontos em 2024.
“Iniciamos a comercialização dos Campeonatos Femininos de 2026, que incluem a Copa do Brasil, a Supercopa, o Brasileiro e a Seleção Brasileira. As propriedades envolvem placas, ativações, naming rights e a possibilidade de personalização de cotas por segmento”, finaliza Salviano.