Marketing

O som da inovação: como o áudio molda a experiência do consumidor e impulsiona marcas

Anúncios em áudio geram, em média, 18% a mais de buscas por marcas; para quem investe consistentemente nesse formato, o aumento pode chegar a 40%

Jingles, vinhetas, músicas personalizadas, assinaturas sonoras, ambientações auditivas on e off que podem dar voz e personificar a marca hoje tem seu espaço bem reduzido (Fabio Formaggio / EyeEm/Getty Images)

Jingles, vinhetas, músicas personalizadas, assinaturas sonoras, ambientações auditivas on e off que podem dar voz e personificar a marca hoje tem seu espaço bem reduzido (Fabio Formaggio / EyeEm/Getty Images)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 7 de abril de 2025 às 10h00.

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*Por Ricardo Monteiro

O ronco de um 12 cilindros, antes incômodo, agora é sinfonia para os entusiastas de carros elétricos. A Ferrari, a Dodge e a Audi, por exemplo, investem incansavelmente em design sonoro para recriar a experiência de um motor a combustão, demonstrando o potencial do áudio na construção do desejo e da conexão emocional com seus clientes.

Até mesmo no ambiente da Fórmula 1, os ouvidos também sentiram negativamente a redução de som dos motores, cada vez mais silenciosos. A intenção da categoria é de trazê-los de volta com um novo regulamento em 2026 para garantir que o ruído do motor seja mais alto, porque isso faz parte da emoção de uma corrida.

A razão disso é que o som é a forma mais poderosa de canalizar emoções.

No entanto, muitas marcas brasileiras ainda subestimam a força desse recurso. Jingles, vinhetas, músicas personalizadas, assinaturas sonoras, ambientações auditivas on e off que podem dar voz e personificar a marca hoje tem seu espaço bem reduzido.

Mas um estudo da Oxford Roads, publicado em janeiro deste ano, revelou que anúncios em áudio geram, em média, 18% a mais de buscas por marcas. Para quem investe consistentemente nesse formato, o aumento pode chegar a 40%.

Os dados analisados abrangem um período de mais de três décadas e remontam um investimento em campanhas de áudio da ordem de US$ 400 milhões. O rádio mantém-se na liderança, seguido por seus irmãos digitais, como podcasts, audiobooks e serviços de streaming.

A análise retrospectiva demonstrou o papel crucial do design sonoro na descoberta, credibilidade, recordação, consideração, intenção de compra e demanda, além de aumentar cliques em banners e o uso de URLs personalizadas.

Seus efeitos são tão rápidos quanto duradouros. A primeira semana de veiculação já demonstra resultados significativos, superando, inclusive, a saturação de informações em outros meios. No entanto, é fundamental investir de forma contínua e estratégica, evitando campanhas pontuais, sazonais ou esporádicas.

Também, é essencial compreender que, ainda que os investimentos de longo prazo apresentem retornos decrescentes, é sugerido o crescimento adicional no recurso sonoro, para que este seja um movimento ascendente e sustentado.

Para aproveitar ao máximo o potencial do áudio, é preciso adaptar as estratégias de marketing e utilizar ferramentas que meçam o impacto global das campanhas. Consistência é a ignição dos resultados mais perenes, com aumento do tráfego qualificado, aquisição de clientes, visibilidade e fortalecimento da marca e conquista de novas fatias de mercado.

  • *Ricardo Monteiro é COO da Tunad
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