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Propagandas em buscas online revelam preconceito, diz estudo

Segundo pesquisa de Harvard, as propagandas que acompanham as buscas com nomes associados a negros, tendem a ser associadas a atividades criminosas


	Logo do Google: o Google defende que o procedimento é neutro e depende das decisões tomadas pelos publicitários
 (Divulgação)

Logo do Google: o Google defende que o procedimento é neutro e depende das decisões tomadas pelos publicitários (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2013 às 11h05.

San Francisco - As propagandas especialmente direcionadas ao usuário da internet que utilizam certas palavras-chave em suas buscas no Google evidenciam preconceitos raciais, revela o estudo de uma professora da Universidade de Harvard.

Latanya Sweeney encontrou "discriminações estatisticamente significativas" ao comparar as publicidades apresentadas com os resultados das buscas sobre palavras associadas a brancos ou negros, revela um relatório divulgado na segunda-feira.

Exemplo: as propagandas que acompanham as buscas com nomes associados a negros, como "Ebony" ou "DeShawn" em inglês, tendem a ser associadas a atividades criminosas e oferecem serviços de verificação de antecedentes.

As buscas com nomes mais relacionados aos brancos, como "Jill" ou "Geoffrey", apresentam publicidades mais neutras.

Isto traz à tona "perguntas sobre se a tecnologia da publicidade do Google evidencia preconceitos raciais na sociedade, e como as tecnologias da publicidade e de busca podem evoluir para garantir a imparcialidade racial", escreveu Sweeney em seu blog.

Os anunciantes pagam para que suas publicidades sejam direcionadas quando certas palavras-chave são buscadas no Google, com o objetivo de alcançar melhor seu público.

Por sua vez, o Google defende que o procedimento é neutro e depende das decisões tomadas pelos publicitários.

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