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Escritórios: os Fundos Imobiliários de lajes corporativas se destacaram em 2024 ao registrar o maior dividend yield da B3 (Leandro Fonseca/Exame)
Repórter de Mercados
Publicado em 3 de julho de 2025 às 15h35.
Última atualização em 3 de julho de 2025 às 15h56.
As lajes corporativas se destacaram em 2024 ao registrar o maior dividend yield entre os demais Fundos Imobiliários, tendo um pagamento médio de 14,21%. Em seguida, vieram os FIIs de papel, focados em títulos de valores mobiliários, com índice de 13,09%, seguidos pelos de hotel, com 13,00%.
O dividend yield é um indicador financeiro utilizado para medir a rentabilidade de um investimento. Ele é calculado dividindo o valor total dos proventos distribuídos (como dividendos ou rendimentos) por um fundo ou ação, pelo preço da cota ou da ação no mercado.
No caso dos fundos imobiliários de lajes corporativas, a recuperação do setor imobiliário e o ajuste das ofertas de imóveis comerciais são fatores que impulsionam os rendimentos. Os FIIs de papel, por sua vez, se beneficiaram da alta de juros, o que favoreceu os ativos atrelados à renda fixa.
O mercado de escritórios voltou em São Paulo (e Pinheiros se destaca). Veja as oportunidades em FIIsA pesquisa, realizada pela B3 em parceria com a Neoway, destaca o bom desempenho dos FIIs em 2024, especialmente em um cenário de alta volatilidade econômica. Fundos híbridos, com rendimento de 12,25%, e outros tipos como logística e residencial também apresentaram dividend yield significativo, com 10,55% e 10,13%, respectivamente.
Embora o dividend yield ofereça uma boa perspectiva de rentabilidade, não significa que os rendimentos extraordinários observados em 2024, como a venda de grandes ativos, sejam sustentáveis a longo prazo.
O HGPO11, por exemplo, teve um rendimento excepcional de 115,9% devido à venda de ativos no valor de R$ 620,3 milhões, mas esse desempenho não reflete a média anual do fundo, que gira em torno de 12% a 13%.
Entre os FIIs que mais se destacaram, o HGPO11 liderou o ranking, seguido de RBVO11 e PLRI11. Já os fundos com maior valorização real das cotas foram HGPO11, PLRI11, e BRIP11, destacando-se também pela combinação de yield e valorização.
O estudo da B3 e Neoway utilizou dados ajustados, considerando tanto os dividendos pagos como os impactos de eventos corporativos como desdobramentos e agrupamentos de cotas.
A pesquisa também observou que a valorização das cotas, aliada aos dividendos, pode resultar em retornos ainda mais expressivos para os investidores. Nos últimos anos, os FIIs têm se mostrado uma alternativa interessante em um cenário de juros altos e busca por rentabilidade consistente.