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Belém é a segunda capital com aluguel mais caro do país, mesmo antes da COP, mostra FipeZAP

Dados de março mostram que a capital com maior variação no preço do aluguel foi Vitória; São Paulo segue no pódio de metro quadrado mais caro

Belém é a cidade com o 2º aluguel mais caro do Brasil em março de 2025 (Getty-Images-picture-alliance/Getty Images)

Belém é a cidade com o 2º aluguel mais caro do Brasil em março de 2025 (Getty-Images-picture-alliance/Getty Images)

Letícia Furlan
Letícia Furlan

Repórter de Mercado Imobiliário

Publicado em 15 de abril de 2025 às 09h48.

Última atualização em 15 de abril de 2025 às 10h35.

Baseado nos anúncios de preços de locação em 36 cidades do Brasil, o índice FipeZAP registrou elevação de 1,15% no aluguel residencial em março de 2025, acumulando alta de 3,22% no primeiro trimestre, superando a inflação. O índice é desenvolvido pela Fipe em parceria com o Grupo OLX.

Enquanto o pódio no mês não tem surpresas, com o metro quadrado mais caro em São Paulo (R$ 59,83), chama atenção a presença de Belém com segunda colocada (R$ 57,29).

O indicador mostra que a capital paraense tem os valores de aluguel mais pressionados, mesmo antes da realização da COP30, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que será realizada na capital Pará, entre 10 e 21 de novembro de 2025.

Apesar de a variação do aluguel de Belém estar acima da média das cidades monitoradas, ela não destoa muito do padrão e o movimento da cidade está em linha com o cenário nacional, afirma a economista Paula Reis, do DataZAP – e não se trata de uma reação à conferência do clima.

“O índice usa anúncios de aluguéis de longa estadia, bem menos afetados pela realização de um grande evento internacional. Espera-se o efeito da COP30 seja especialmente nos preços de estadias de hotéis e de aluguéis de curta estadia ou temporada”, explica.

Em sites para aluguel de curta duração, no período em que será realizado o evento, acomodações de até R$ 1 milhão podem ser encontradas.

Já o preço médio do aluguel no período foi de R$ 48 por metro quadrado. Os maiores valores foram observados no aluguel de imóveis com um dormitório (R$ 63,54). Os menores, entre unidades que contavam com três dormitórios (R$ 40,56).

Depois das três capitais com o metro quadrado mais caro para locação em março, estão: Florianópolis (R$ 56,64), São Luís (R$ 54,01), Maceió (R$ 52,11), Rio de Janeiro (R$ 51,57), Manaus (R$ 50,31), Salvador (R$ 48,80), Vitória (R$ 47,18), Brasília (R$ 46,41), Belo Horizonte (R$ 45,10), João Pessoa (R$ 44,08), Curitiba (R$ 43,08), Porto Alegre (R$ 41,36), Cuiabá (R$ 41,20), Goiânia (R$ 40,92), Natal (R$ 38,44), Campo Grande (R$ 35,99), Fortaleza (R$ 34,27), Aracaju (R$ 25,71) e Teresina (R$ 22,82).

Variação do aluguel em março

A capital onde o preço mais aumentou foi Vitória, no Espírito Santo, com variação de de 3,29%, seguida por Campo Grande (3,06%) e Teresina (2,36%). Já índice variou 1,15%, superando a variação dos preços ao consumidor, medida pelo IPCA e com alta de 0,56%, e a variação positiva dos preços da economia brasileira, apurada pelo IGP-M, que foi de 0,34%. A variação mensal do índice para aluguel também superou a variação do índice para venda de imóveis residenciais no período, que foi de 0,60%.

Depois de Vitória, as cidades que mais tiveram valorização no mês foram Maceió (2,21%), Fortaleza (2,16%), Florianópolis (1,80%), Natal (1,77%), Cuiabá (1,75%), João Pessoa (1,67%), Belo Horizonte (1,64%), Rio de Janeiro (1,47%), Curitiba (1,28%), Belém (1,19%), Aracaju (1,15%), São Paulo (1,08%), Salvador (0,97%), Recife (0,87%), Goiânia (0,59%), Manaus (0,56%), Porto Alegre (0,51%), São Luís (0,41%) e Brasília (recuo de 0,10%).

Rentabilidade do aluguel

A razão entre o preço médio de locação e o preço médio de venda dos imóveis mede a rentabilidade para o investidor que opta em adquirir o imóvel para obter renda com o aluguel residencial. Com base em dados de janeiro de 2025, o retorno médio do aluguel residencial foi de 5,88% ao ano.

Em termos comparativos, a rentabilidade projetada do aluguel residencial foi relativamente maior entre imóveis com um dormitório, de 6,59% ao ano. Unidades com quatro ou mais dormitórios registraram rentabilidade inferior, de 4,80% ao ano.

Entre as capitais, as rentabilidades projetadas para o aluguel residencial se distribuíram da maior à menor da seguinte maneira: Manaus (8,39%), Belém (8,37%), Recife (8,18%), São Luís (7,96%), Natal (7,78%), Cuiabá (7,60%), Salvador (7,39%), Campo Grande (7,36%), João Pessoa (6,83%), Maceió (6,71%), Porto Alegre (6,69%), São Paulo (6,22%), Goiânia (6,04%), Brasília (5,93%), Aracaju (5,78%), Rio de Janeiro (5,75%), Florianópolis (5,59%), Teresina (5,40%), Belo Horizonte (5,09%), Fortaleza (4,77%), Curitiba (4,52%) e Vitória (4,29%).

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