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Cobertura de R$ 80 milhões: novo autódromo abre espaço imobiliário na orla do Rio de Janeiro

Um acordo entre a prefeitura e o novo autódromo internacional do Rio de Janeiro abriu potencial construtivo em área cobiçada da Cidade Maravilhosa

Origem Incorporadora está lançando um empreendimento residencial de alto padrão na Barra da Tijuca, em frente à praia, no Posto 6 (Ricardo Azoury/Pulsar Imagens/Exame)

Origem Incorporadora está lançando um empreendimento residencial de alto padrão na Barra da Tijuca, em frente à praia, no Posto 6 (Ricardo Azoury/Pulsar Imagens/Exame)

Letícia Furlan
Letícia Furlan

Repórter de Mercado Imobiliário

Publicado em 28 de abril de 2025 às 16h00.

Última atualização em 28 de abril de 2025 às 16h29.

Um acordo entre a prefeitura do Rio de Janeiro e o novo autódromo internacional da cidade deve permitir cada vez mais prédios em áreas nobres e raras da capital fluminense.

Isso vai funcionar por meio da venda de cotas para a construção, chamada de Operação Urbana Consorciada (OUC), que utiliza o mecanismo da Transferência do Direito de Construir (TDC) ou “bônus urbanístico”.

Com Leblon e Ipanema, Rio de Janeiro é cidade com maior valorização nos lançamentos de luxo

Sancionada pelo prefeito Eduardo Paes, a lei viabiliza a construção do novo autódromo internacional em Guaratiba e permite que o potencial construtivo do terreno do autódromo, que não será totalmente utilizado para a pista e suas instalações, seja transferido para outras áreas da cidade.

Bairros da zona norte e a Barra da Tijuca serão especialmente beneficiados.

Dessa forma, investidores privados podem construir acima do gabarito permitido nessas regiões, em troca do investimento na obra do autódromo e em contrapartidas urbanísticas, como melhorias no trânsito e infraestrutura pública. Esse mecanismo não só viabiliza financeiramente o projeto do autódromo, mas também promove a verticalização da cidade, evitando expansão horizontal e seus impactos no trânsito.

Um dos primeiros investidores privados a entrar nessa jogada foi a Origem Incorporadora, que está lançando um empreendimento residencial de alto padrão na Barra da Tijuca, em frente à praia, no Posto 6.

“Com um cenário macroeconômico não tão animador, decidi mirar na Lua, em um público de altíssimo padrão”, afirma Henrique Blecher, CEO da Origem. Este será o primeiro projeto da renomada casa de design italiana Pininfarina no Rio de Janeiro, localizado à beira-mar, com 20 unidades, variando de 450 a 1.100 metros quadrados.

Com um Valor Geral de Vendas (VGV) estimado em R$ 600 milhões e 14 andares, o Atto será um divisor de águas no mercado de luxo do Rio de Janeiro, afirma Blecher. As unidades, com quatro a cinco suítes, poderão ser personalizadas, com destaque para a suíte master que chega a até 50 metros quadrados.

A cobertura, que será a unidade mais cara do empreendimento, deverá ser vendida por cerca de R$ 80 milhões.

O Rio de Janeiro vai ter um autódromo?

No início de 2025, e 12 anos depois da demolição do Autódromo de Jacarepaguá, a prefeitura do Rio de Janeiro publicou o decreto que regulamentava Operação Urbana Consorciada que estabelece e viabiliza as diretrizes das obras do Autódromo Parque de Guaratiba, na zona oeste da cidade.

O projeto inclui a construção de uma pista moderna, que poderá receber futuramente competições internacionais de Fórmula 1 e outras modalidades de automobilismo, além de espaços para competições de motocross, kart e outras atrações.

A localização foi escolhida pela sua capacidade de expandir a cidade para a zona oeste, uma área com grande potencial de valorização e desenvolvimento. O terreno onde o autódromo está sendo erguido possui 500 hectares, e a obra já avança com a preparação da infraestrutura para a construção da pista e das instalações ao redor. Além disso, o projeto inclui melhorias no entorno, como a construção de novas vias e a modernização de sistemas de transporte para facilitar o acesso ao local.

O autódromo será um dos primeiros empreendimentos a se beneficiar do mecanismo da OUC, que permite a transferência de direitos de construção para outras áreas da cidade. A venda de cotas para construção, por meio da Transferência do Direito de Construir, está proporcionando recursos necessários para o projeto, facilitando a criação de novos empreendimentos imobiliários em bairros nobres como a Barra da Tijuca.

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