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Como obter e para que serve o CCIR (Certificado de Cadastro de Imóvel Rural)

Documento é exigido para transações, financiamentos e declarações fiscais envolvendo propriedades rurais no Brasil

A emissão do CCIR é obrigatória para qualquer pessoa que tenha vínculo jurídico com uma terra rural (Freepik)

A emissão do CCIR é obrigatória para qualquer pessoa que tenha vínculo jurídico com uma terra rural (Freepik)

Publicado em 14 de maio de 2025 às 14h58.

Quem possui uma propriedade rural no Brasil precisa lidar com uma série de obrigações legais — entre elas, a emissão do Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR). Apesar de não garantir posse ou propriedade, o documento é imprescindível para validar juridicamente diversas ações envolvendo terras fora do perímetro urbano. Emitido pelo Incra, o CCIR centraliza as informações cadastrais do imóvel e funciona como uma espécie de carteira de identidade do campo.

Com validade anual, ele é o elo entre o imóvel rural e as normas que regem o uso da terra no país, servindo também como porta de entrada para financiamentos e regularizações fundiárias.

O que é o CCIR?

O CCIR é emitido pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), e tem como função principal comprovar que o imóvel está devidamente registrado no Sistema Nacional de Cadastro Rural (SNCR). Esse sistema reúne dados como área, localização, tipo de exploração e o titular da propriedade.

É importante ressaltar que o CCIR não substitui documentos como escritura ou matrícula no cartório, ele apenas confirma que o imóvel está regular no banco de dados oficial do governo federal.

Como funciona o certificado

A emissão do CCIR é obrigatória para qualquer pessoa que tenha vínculo jurídico com uma terra rural: proprietários, comodatários, concessionários, usufrutuários, arrendatários e superficiários estão entre os responsáveis pela atualização e regularidade do documento. O certificado também é um pré-requisito para diversas operações legais, como:

  • Compra e venda;
  • Hipoteca;
  • Arrendamento;
  • Partilha em processos de divórcio ou herança;
  • Obtenção de crédito agrícola junto a bancos e instituições financeiras.

Como emitir o CCIR

1. Online:
A forma mais prática é pelo site do SNCR, informando o código do imóvel (13 dígitos), CPF ou CNPJ do titular, além do estado e município onde se encontra a propriedade. O sistema gera um PDF pronto para impressão.

2. Aplicativo:
O app do SNCR está disponível para Android e iOS, permitindo o acesso aos dados do imóvel e emissão do documento de maneira rápida, direto pelo celular.

3. Presencial:
Quem tiver dificuldades pode buscar atendimento nas unidades do Incra, nas Salas da Cidadania ou nas Unidades Municipais de Cadastramento (UMCs). É preciso levar CPF e, se possível, o CCIR do ano anterior.

Taxa e validade

Para que o certificado tenha validade legal, é necessário pagar a Taxa de Serviços Cadastrais, gerada juntamente com o CCIR em forma de Guia de Recolhimento da União (GRU). O valor depende do tamanho da área, mas costuma ser baixo — em 2021, partia de R$ 4,40.

O pagamento pode ser feito no Banco do Brasil, por Pix ou cartão de crédito, conforme disponibilidade no site. É importante quitar o valor em até 30 dias, evitando juros e impedimentos para futuras transações.

O que considerar

  • Verifique se o cadastro do imóvel no SNCR está atualizado antes de emitir o CCIR;
  • Guarde o comprovante de pagamento da taxa, pois ele garante a validade do certificado;
  • Mantenha o documento renovado anualmente — ele perde validade a cada novo exercício.

Por que o CCIR é importante?

Manter o CCIR atualizado evita complicações na hora de vender, transferir ou buscar crédito com garantia da terra. Além disso, ele é exigido para declarar o ITR (Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural), imposto federal que incide sobre imóveis fora da zona urbana.

Outro ponto relevante: embora o CCIR não legitime a posse, ele é usado por órgãos públicos para verificar se a área está regularizada no cadastro federal, o que pode ser decisivo em processos de usucapião, regularização fundiária e programas de reforma agrária.

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