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Segundo a Absolar, energia solar já evitou a emissão de 66,6 milhões de toneladas de CO² no Brasil. (MGAPress/Divulgação)
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Publicado em 29 de setembro de 2025 às 11h21.
A busca por um condomínio sustentável e redução custos tem levado muitos moradores a considerar a instalação de painéis fotovoltaicos em seus prédios. Só no primeiro trimestre deste ano, segundo dados da Absolar, mais de 147 mil sistemas foram instalados, atendendo cerca de 228 mil imóveis brasileiros.
Mas como convencer os vizinhos e o síndico sobre essa mudança? Entenda o processo completo para implementar placas solares em condomínio, desde a proposta inicial até as alternativas disponíveis para quem encontra resistência ou limitações técnicas.
Instalar placas solares em condomínio exige aprovação dos moradores em assembleia. A lei brasileira determina que mudanças em áreas comuns precisam de votação, e na maioria dos casos, metade mais um dos presentes já resolve a questão.
Sendo assim, o primeiro passo é conversar com o síndico para incluir o assunto na pauta. Uma boa preparação é a chave para convencer outros moradores, portanto, tenha em mãos mais de um orçamento detalhado, simulações de economia mensal e exemplos de prédios similares que já fizeram a mudança.
Vale destacar que todo o processo precisa ser registrado em ata, pois esse documento será exigido pela concessionária de energia.
O custo instalação energia solar varia conforme o tamanho do sistema necessário. Para um condomínio médio, com consumo mensal de R$ 2.000 nas áreas comuns, o investimento pode ficar entre R$ 90.000 e R$ 100.000.
Parece muito, mas a matemática é simples: se a economia for de R$ 1.500 por mês, em cerca de 4 anos o sistema está pago. Como os painéis duram 25 anos com garantia, são mais 20 anos de contas reduzidas.
Com a popularização da modalidade, bancos públicos e privados têm oferecido financiamentos específicos, com parcelas que muitas vezes ficam menores que a própria economia na conta de luz. Alguns condomínios também podem usar o fundo de reserva, mas isso depende de aprovação específica em assembleia.
A manutenção de placas solares residencial, por exemplo, pode custar entre R$ 500 e R$ 1.000 por ano. Basicamente, envolve limpeza dos painéis duas vezes ao ano e verificação dos inversores. Para condomínios, o valor pode ser maior a depender do tamanho do sistema instalado. Ainda, sim, é uma economia considerável comparada ao modelo tradicional de energia elétrica.
É importante ressaltar que, antes de aprovar o projeto, é fundamental definir quem cuidará dessa manutenção. Muitas empresas instaladoras já oferecem contratos de manutenção preventiva, o que garante o funcionamento correto e preserva as garantias.
Outro ponto a considerar: o acesso aos painéis precisa ser fácil e seguro. Se o telhado do prédio não tem entrada adequada, será necessário providenciar uma solução antes da instalação, evitando alguns custos extras no futuro.
Para implementar energia solar em prédio, cada quilowatt instalado precisa de cerca de 7 metros quadrados livres. A área ideal deve receber sol direto a maior parte do dia, sem sombra de prédios vizinhos ou árvores grandes.
O telhado é o local mais comum, mas coberturas de garagem, lajes de áreas comuns e até paredes externas ensolaradas podem ser aproveitadas. O importante é a orientação correta: no Brasil, painéis voltados para o norte captam mais energia.
A estrutura do prédio também precisa suportar o peso adicional dos painéis, que pode passar de uma tonelada. Um laudo técnico com ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) é obrigatório e verifica essa capacidade. Prédios mais antigos às vezes precisam de reforços estruturais, o que aumenta o custo total.
Quando o prédio não tem espaço ou a assembleia não aprova, existe a opção de energia solar coletiva através de fazendas solares. O condomínio aluga cotas de energia produzida em outro local e recebe desconto na conta de luz.
Prédios antigos, com restrições arquitetônicas ou falta de consenso entre moradores, encontram nessa modalidade uma forma de economizar. Cada morador pode até contratar sua cota individual, sem depender de decisão coletiva.
Segundo a Absolar, a energia solar já evitou a emissão de 66,6 milhões de toneladas de CO² no Brasil. Seja com painéis próprios ou fazendas solares, condomínios que adotam essa tecnologia economizam dinheiro e ainda contribuem para um modelo sustentável.