Mercado Imobiliário

Patrocínio:

Design sem nome (3)

É hora de fechar contrato? Preço do aluguel dá trégua em São Paulo e abre momento oportuno

Pela primeira vez em quatro anos, os preços de locação na cidade ficaram estáveis em junho

São Paulo: o mercado de aluguel de imóveis começa a mostrar sinais de acomodação (Germano Lüders/Exame)

São Paulo: o mercado de aluguel de imóveis começa a mostrar sinais de acomodação (Germano Lüders/Exame)

Letícia Furlan
Letícia Furlan

Repórter de Mercados

Publicado em 16 de julho de 2025 às 10h46.

O mercado de aluguel de imóveis em São Paulo começa a mostrar sinais de acomodação, após anos crescendo continuamente. Em junho, pela primeira vez em quatro anos, os preços de locação não subiram, registrando um pequeno recuo de 0,02% em relação ao mês anterior. O valor médio do aluguel do metro quadrado na capital paulista fechou o mês em R$ 68,90, segundo o Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb.

Essa é a primeira variação negativa desde julho de 2021, confirmando uma trégua no ritmo das altas.

A alta acumulada no primeiro semestre de 2025 foi de 4,98%, a mais baixa para o período desde 2021. Em 12 meses, a valorização foi de 8,29%. Após um período de forte aquecimento, é natural haver uma acomodação — e isso não quer dizer que se trata de uma tendência de baixa.

“Depois de um ciclo prolongado de valorização no pós-pandemia, os preços podem ter alcançado um patamar próximo ao limite da capacidade de pagamento das famílias, que já enfrentam um custo de vida elevado. Regiões que passaram por uma forte valorização agora começam a registrar um reequilíbrio. É o caso de bairros como Vila Madalena e Jardim Europa, que, apesar do metro quadrado elevado, apresentaram retração nos últimos três meses”, explica Thiago Reis, gerente de Dados do Grupo QuintoAndar.

Ainda assim, apenas 23 dos 107 bairros da cidade tiveram queda nos preços nesse período, sinal de que o mercado paulistano segue aquecido. Em junho, São Paulo registrou a menor taxa média de desconto aplicada, ainda segundo o levantamento.

“Com as taxas de juros ainda elevadas e o contexto macroeconômico desafiador, há uma tendência de parte da população adiar o sonho da casa própria e optar pela locação. Como consequência, é esperado que os preços continuem subindo — embora em um ritmo mais moderado do que o observado desde 2023”, afirma Reis.

Para quem procura imóveis em bairros de alto padrão, agora pode ser um momento especialmente oportuno, diante da acomodação de preços em relação ao ano passado.

“Já em regiões em forte valorização, como Sumaré, Centro e Perdizes, a janela de oportunidade pode estar se fechando. O avanço acelerado dos preços indica que postergar a decisão pode implicar em custos mais altos no futuro”, alerta.

Em ambos os cenários, a baixa margem de negociação observada na cidade sugere que, ao encontrar um imóvel que se encaixe no orçamento, é preciso agir com agilidade.

Os bairros que mais valorizaram nos últimos 12 meses

  • Sumaré: 35,6%
  • Centro: 27,9%
  • Vila Mascote: 25,2%
  • Vila Mazzei: 23,1%
  • Vila Campestre: 22,9%
  • Perdizes: 22,4%
  • Aclimação: 21,3%
  • Vila Gustavo: 20,2%
  • Vila Maria: 20,0%
  • Planalto Paulista: 18,9%

Os bairros que menos valorizaram nos últimos 12 meses

  • Alto de Pinheiros: -13,3%
  • Vila Sônia: -7,4%
  • Vila do Castelo: -2,4%
  • Vila Madalena: -2,3%
  • Brás: -2,1%
  • Itaim Bibi: -1,8%
  • Itaquera: -1,7%
  • Vila Ema: -1,4%
  • Tucuruvi: -0,6%

Os bairros com o metro quadrado mais caro

  • Vila Olímpia: R$ 103,40
  • Brooklin: R$ 99,70
  • Vila Nova Conceição: R$ 95,20
  • Pinheiros: R$ 93,10
  • Jardim América: R$ 92,90
  • Chácara Santo Antônio: R$ 85,70
  • Itaim Bibi: R$ 84,60
  • Moema: R$ 84,50
  • Jardim Europa: R$ 83,50
  • Campo Belo: R$ 81,50
Acompanhe tudo sobre:aluguel-de-imoveisSão Paulo capitalImóveis

Mais de Mercado Imobiliário

Cidade de 15 minutos: utopia ou tendência real do urbanismo moderno?

Prévia da MRV decepciona e ações caem quase 7%

Itapema, em SC, terá 5º maior prédio do país com mais de 250 metros

Exclusivo: Com preços mais altos na Faria Lima, escritórios se mudam para Pinheiros