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Lago Azul: empreendimento em Araçoiaba da Serra (SP) que integra área residencial a um campo de golfe, apareceu no horizonte da empresa (Ábaco Urbanizadora/Divulgação)
Repórter de Mercados
Publicado em 22 de setembro de 2025 às 13h13.
Última atualização em 22 de setembro de 2025 às 15h48.
Com quase 50 anos de história no Sul do país, a Ábaco Urbanizadora começa sua expansão para o Sudeste tendo o interior de São Paulo como porta de entrada. O movimento já era muito estudado, quando o Lago Azul, empreendimento em Araçoiaba da Serra (SP) que integra área residencial a um campo de golfe, apareceu no horizonte da empresa — e caiu como uma luva.
O aporte para o projeto, aberto com exclusividade à EXAME, é de R$ 130 milhões, com previsão de gerar R$ 750 milhões em valor geral de vendas (VGV). O ativo está no centro da estratégia da urbanizadora para alcançar R$ 2 bilhões em 2026.
“Era um produto consolidado, triple A, de alto padrão, no interior do estado, com o projeto já aprovado”, explica Roberto Pedrini, diretor-geral da Ábaco. A segunda fase do projeto está num terreno de mais de 1 milhão de m² e terá 320 lotes. A Ábaco vende os lotes e cada proprietário se responsabiliza pela construção de suas casas.
O Lago Azul começou a ser projetado na década de 1970, em um terreno com cerca de 2,5 milhões de m², com a descoberta de uma fazenda centenária como local para o empreendimento. Até então, apenas a primeira fase dele estava concluída, já que a antiga empresa proprietária não tinha mais capital para continuar o projeto.
Foi quando Tito Lívio Martins Neto, até então único dono do ativo, resolveu abrir uma espécie de processo licitatório para dar continuidade ao produto. Foi assim que a Ábaco conseguiu tocar o Lago Azul II, a segunda fase do produto premium.
Hoje, há uma parceria financeira entre a Ábaco e os antigos donos, que ficam com 45% do VGV, enquanto a urbanizadora fica com o restante. Com isso, a empresa tem a exclusividade da administração do ativo, enquanto os antigos donos participam apenas na parte financeira.
“O Lago Azul II tem terrenos a partir de 1 mil m² e preço médio de R$ 1,3 mil por m², projetado para um público exigente. Já em Santa Catarina, vendemos terrenos menores, a partir de 150 m², com preços que chegam a R$ 3,5 mil por m². No estado de São Paulo, há espaço para produtos semelhantes com grande margem de crescimento”, afirma o executivo.
Além de Araçoiaba, a empresa já adquiriu terrenos estratégicos em Itapetininga, Sumaré, Mogi das Cruzes e Itu, municípios do interior paulista, com lançamentos programados a partir de 2026.
"O terreno em Itu fica ao lado do parque da Cacau Show [o Cacau Park]. Nem sabíamos do parque quando adquirimos o espaço", afirma Pedrini. Mas o maior VGV, de pelo menos R$ 1,2 bilhão, estará em Itapetininga, em um terreno tem mais de 2 milhões de m².
Em Itu, o VGV deve ser de R$ 250 milhões. Em Sumaré, o valor deve chegar a R$ 180 milhões e, o de Mogi, R$ 500 milhões.
Há, ainda, outros terrenos em outras cidades sob análise financeira.