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Log anunciou venda de mais dois galpões para fundo do BTG Pactual (LOG/Divulgação)
Repórter de Mercados
Publicado em 29 de outubro de 2025 às 19h13.
A LOG Commercial Propertier, empresa de construção e gestão de galpões logísticos da família Menin, reportou um lucro líquido de R$ 111,3 milhões no terceiro trimestre de 2025, aumento de 14,7% na comparação anual.
Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) alcançou R$ 192,8 milhões no período, aumento de 41,6%. O número foi impulsionado pela estratégia de reciclagem de ativos da companhia e que elevou a margem Ebitda da LOG a 288,9% no período.
A receita líquida da LOG, referente a locação e serviços, foi de R$ 66,7 milhões, alta de 18% na comparação anual.
A estratégia de reciclagem de ativos. segue de vento em popa. Com o balanço, a companhia anunciou também uma transação de R$ 364 milhões referente à venda dos empreendimentos LOG Natal, LOG Jundiaí e LOG Ribeirão Preto a um fundo imobiliário do BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da EXAME).
Essa estratégia tem ajudado a desalavancar a companhia - a relação dívida líquida e Ebitda chegou a 1,3x. Considerando o montante vindo da transação para o BTG, que aconteceu após o terceiro trimestre, a alavancagem cai para 0,7x.
A estratégia de vender galpões maduros e pré-locados para o desenvolvimento de novos ativos permite que a companhia cresça com recursos próprios.
Em 2025, já considerando os R$ 364 milhões referentes à venda de outubro, a LOG alcançou R$ 790 milhões em reciclagem de ativos. “O número está bem em linha com o que esperávamos para o ano todo. Sempre buscamos reciclar valores bem próximos à nossa necessidade de investimento com novos galpões”, afirmou Rafael Saliba, CFO da empresa, à EXAME.
A LOG gerou R$ 312 milhões de fluxo de caixa no período, contra R$ 184 milhões no mesmo período do ano passado.
Saliba diz que a LOG surfou em um cenário extremamente aquecido para o mercado de galpões. No período, o Brasil registrou vacância histórica de 7%, absorção líquida recorde de 1 milhão de metros quadrados, as locações cresceram 20% no trimestre, e o preço médio apresentou avanço de 33% nos últimos 36 meses.
Mas a parte de prestação de serviço da LOG também contribuiu com esse desempenho.
“Esse segmento cresceu 62% em comparação com o mesmo trimestre do ano passado. Estamos ampliando a quantidade de serviços prestados e também ampliando o volume de áreas sob gestão. A companhia desenvolve ativos e, ao fazer a reciclagem, detém a administração destes ativos. Temos conseguido uma retenção muito alta”, afirma.
“Fomos para o mercado aberto a administrar até mesmo ativos que não foram desenvolvidos por nós. Isso amplia nossa avenida de crescimento”, explica.