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Lucro da Direcional cresce 26% no 2º trim., em linha com o esperado

Tanto a receita quanto a margem bruta foram recordes para a companhia

Direcional (Direcional/Divulgação)

Direcional (Direcional/Divulgação)

Letícia Furlan
Letícia Furlan

Repórter de Mercados

Publicado em 11 de agosto de 2025 às 18h46.

Última atualização em 11 de agosto de 2025 às 19h10.

A Direcional (DIRR3) reportou lucro líquido de R$ 183,7 milhões, alta de 25,7% na comparação anual, em linha com as expectativas do mercado.

A margem bruta ajustada e a receita líquida ficaram em 41,7% e R$ 1,1 bilhão, ambas em patamares recordes, com crescimento anual de 3,9 pontos percentuais e 26% em relação ao mesmo período de 2024, respectivamente.

A geração de caixa da Direcional no trimestre foi de R$ 395 milhões, ante um consumo de caixa de R$ 15 milhões no trimestre anterior. O valor, no entanto, foi impulsionado pela venda das ações da Riva, que contribuíram com R$ 251 milhões no trimestre.

Excluindo esse valor e o efeito líquido das operações de cessão de crédito, a geração de caixa operacional recorrente da empresa foi ligeiramente positiva.

Prévia operacional de Direcional

Em prévia operacional divulgada no mês passado, a companhia reportou cerca de R$ 1,4 bilhão em lançamentos sob a participação da Direcional (e R$ 1,9 bilhão no total).

Em relatório, analistas do Santander afirmaram que isso se deu principalmente à participação menor do que o esperado da empresa em projetos lançados no trimestre (73%, ante uma previsão de 89%). “Observamos que essa participação menor foi impulsionada por alguns projetos específicos, e espera-se que a participação da Direcional nos lançamentos do segundo semestre retorne a níveis normalizados”, afirmaram no relatório.

No acumulado do semestre, os lançamentos atingiram R$ 2,8 bilhões, alta de 24% frente ao primeiro semestre de 2024, com 62% sob a marca Direcional e 38% sob a marca Riva.

O mais importante para os analistas foram as pré-vendas líquidas, que vieram fortes, totalizando cerca de R$ 1,3 bilhão, aumento de 3% em relação ao ano anterior.

A estratégia da Direcional para turbinar a Riva

Em dezembro do ano passado, a Direcional anunciou a venda de 7,55% da Riva, sua incorporadora criada para operar num segmento um pouco acima do Minha Casa, Minha Vida.

O comprador foi a gestora Riza, especializada em crédito e agronegócio, que topou pagar R$ 200 milhões pela fatia, que pode dobrar, por preço equivalente, e chegar a 15% até outubro deste ano. Em junho, a Riza já anunciou que chegou a 9,98% do capital.

A transação foi feita antes do anúncio da nova faixa do Minha Casa, Minha Vida, que acabou incluindo o público atendido pela Riva também dentro do programa habitacional.

Nesse sentido, a movimentação permitiu reforçar a estrutura da Riva. A venda foi secundária — ou seja, os recursos vão para a Direcional —, mas a flexibilidade trazida pelo parceiro é uma alavanca para novos negócios, segundo Ricardo Gontijo, CEO da Direcional, à EXAME.

“Nosso sócio tem em torno de R$ 15 bilhões de reais sob gestão, com diferentes estratégias, tornando a Riva mais completa na capacidade de viabilizar negócios onde sozinha, ou isoladamente, não teria”, afirmou na época.

A Riza pode, por exemplo, adquirir terrenos e permutar estes terrenos com a Riva, disse.

Em 2024, a Riva vendeu pouco mais de R$ 2,7 bilhões. A Direcional, no todo, vendeu R$ 6,3 bilhões. Quanto ao volume lançado, R$ 5,7 bilhões foram de Direcional e R$ 2,4 bilhões da subsidiária.

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