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Mercado imobiliário desafia juros altos e mantém crescimento

Mesmo com a Selic elevada, setor registra alta superior a 20% em 2024 e busca alternativas para manter fôlego em 2025

João Teodoro, presidente dos Conselhos Regional e Federal de Corretores de Imóveis: “setor imobiliário deve seguir crescendo em 2025” (Cofeci/Divulgação)

João Teodoro, presidente dos Conselhos Regional e Federal de Corretores de Imóveis: “setor imobiliário deve seguir crescendo em 2025” (Cofeci/Divulgação)

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Publicado em 20 de março de 2025 às 16h00.

Última atualização em 20 de março de 2025 às 16h02.

O mercado imobiliário brasileiro tem mostrado resiliência diante dos desafios impostos pela alta da taxa Selic, atualmente em 13,25% ao ano. Apesar das incertezas, o setor registrou um crescimento superior a 20% em 2024, consolidando-se como um dos principais investimentos de longo prazo no país.

O cenário de juros elevados reflete a política monetária adotada pelo Banco Central, que manteve a Selic em patamar restritivo para conter a inflação. Esse quadro impacta diretamente o crédito imobiliário, já que os financiamentos dependem da taxa básica de juros. Ainda assim, o histórico recente mostra que o setor tem conseguido superar crises e manter sua trajetória de expansão.

Impacto da política monetária no crédito imobiliário

A elevação dos juros foi um dos pontos mais criticados pelo governo federal durante a gestão de Roberto Campos Neto à frente do Banco Central (2019-2024). Sua política de combate à inflação foi alvo de pressão política, especialmente diante da desaceleração econômica e do impacto sobre o consumo e o crédito. A Selic chegou a 2% entre 2020 e 2021 para estimular a economia durante a pandemia, mas subiu rapidamente com a deterioração fiscal e o avanço inflacionário.

Com a troca no comando da autoridade monetária, Gabriel Galípolo, indicado pelo atual governo, assumiu a presidência do Banco Central em janeiro de 2025. No entanto, a autonomia da instituição garantida pela Lei Complementar 179/2021 impede interferências diretas na política monetária. Assim, a manutenção da Selic em níveis elevados segue como estratégia para conter a inflação, apesar das críticas.

Setor imobiliário segue forte, mas funding preocupa

O mercado imobiliário brasileiro já demonstrou capacidade de recuperação em crises anteriores. Na crise do subprime em 2008, por exemplo, o Brasil passou praticamente ileso, graças ao fortalecimento do sistema bancário promovido pelo Proer, programa lançado no governo Fernando Henrique Cardoso. O mesmo ocorreu na pandemia de covid-19, quando o setor imobiliário se recuperou rapidamente após uma queda inicial na demanda.

A grande preocupação para 2025 é a capacidade de financiamento, especialmente para imóveis de classe média, diante do desvio de recursos para investimentos mais atrativos com juros altos. Ainda assim, alternativas como os tokens imobiliários, frações digitais de empreendimentos que permitem maior liquidez e democratização do acesso, surgem como novas opções para manter o mercado aquecido.

“Mesmo diante dos desafios, acreditamos que o setor imobiliário deva seguir crescendo em 2025 impulsionado, principalmente, pela valorização dos imóveis e pela demanda constante por moradia”, afirma João Teodoro, presidente do Sistema Cofeci-Creci.

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