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Moura Dubeux: Os números indicam estabilidade no novo patamar alcançado pela companhia (Moura Dubeux/Divulgação)
Repórter de Mercados
Publicado em 12 de novembro de 2025 às 18h23.
A Moura Dubeux (MDNE3) registrou lucro líquido de R$ 118 milhões no terceiro trimestre de 2025, alta anual de 32%, mas ligeira queda de 2,3% em relação ao trimestre anterior. O lucro acumulado nos primeiros nove meses do ano chegou a R$ 308,3 milhões, avanço de 49,6% na comparação anual. A empresa também chegou a uma marca inédita de R$ 353,2 milhões em lucro líquido num período de 12 meses.
Apesar da queda de R$ 2 milhões no lucro líquido em relação ao segundo trimestre, a Moura Dubeux sustenta margens superiores a 21%, num mercado ainda pressionado por custos e juros altos. De acordo com os administradores da companhia, essa estabilidade marca um amadurecimento do negócio. Ao manter resultados próximos a R$ 120 milhões por trimestre, a MD consolida um padrão que antes era pontual.
O avanço da rentabilidade reforça o foco da empresa em resultados com margem: em bases anuais, o ROE (retorno sobre o patrimônio líquido médio) chegou a 21%.
“Estamos mostrando nossa capacidade de crescer, mantendo a rentabilidade e sem alavancar a companhia, pilares essenciais para nós”, afirma Diego Villar, CEO da Moura Dubeux. A dívida líquida de R$ 246,4 milhões equivale a 13,6% o patrimônio líquido. A alavancagem é considerada pela administração como baixa, diante do ambiente macroeconômico de juros altos, e o ritmo de crescimento médio da empresa nos últimos cinco anos, de 40%, segundo o CEO.
A Moura Dubeux lançou novas marcas para atender, além da média e alta renda, o segmento econômico, com enquadramento no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida (MCMV).
Criada mais recentemente, a Un1ca nasceu focada especificamente na faixa 3 do programa, atendendo famílias com renda mensal entre R$ 4.700,01 e R$ 8.000. Já a Mood foi criada em 2025 para atender famílias com renda entre R$ 12 mil e R$ 15 mil, que se enquadram na faixa 4 do programa.
Os frutos dessa exposição ao programa habitacional, no entanto, só serão vistos nos próximos anos. “Em termos de indicadores econômicos e financeiros, veremos alguns reflexos no próximo ano, mas ainda serão pouco relevantes. Com certa significância, sentiremos isso a partir de 2027 e 2028”, explica Villar.
Ao fim do terceiro trimestre de 2025, a Moura Dubeux contou com 56 terrenos em seu landbank, totalizando um VGV bruto potencial de R$ 9,7 bilhões, o que a coloca em um patamar estável. Aproximadamente 70% desses terrenos foram adquiridos por meio de permuta, com 51% de permuta física, 18% de permuta financeira e 31% adquiridos com recursos de caixa.
Em termos de velocidade de vendas (VSO), a empresa registrou um VSO Líquido de 25,7% no período. Nos últimos doze meses, o VSO Líquido acumulado foi de 53,2%, e o VSO de lançamentos específicos do trimestre alcançou 51,6%.
No que se refere ao volume de vendas, o VGV líquido alcançou R$ 1,072 bilhão no terceiro trimestre, representando um crescimento de 6,6% em relação ao mesmo período de 2024. Embora tenha ocorrido uma redução de 10,1% em comparação ao período anterior, essa queda foi explicada por um menor volume de lançamentos no trimestre.
Nos lançamentos, a empresa anunciou R$ 1,34 bilhão em VGV líquido, um aumento de 21,9% na comparação anual, mas com uma redução de 28,1% em relação ao segundo trimestre de 2024.
Durante o trimestre, a MD lançou cinco projetos, totalizando 1.394 unidades, todos no regime de condomínio, sem novos lançamentos no regime de incorporação.
A Moura Dubeux segue com uma estratégia bem definida de manutenção de seu landbank, alta liquidez e disciplina nos lançamentos, o que lhe permite manter margens elevadas, explica a companhia.