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Novo galpão da RD Saúde custou R$ 80 milhões e tem 90 robôs

A inauguração veio a calhar, já que uma novidade do Mercado Livre deixou alguns analistas temerosos sobre o desempenho das varejistas farmacêuticas

RD Saúde: primeiro CD automatizado da companhia em Viana, no Espírito Santo, tem 200 funcionários e 90 robôs  (Exame)

RD Saúde: primeiro CD automatizado da companhia em Viana, no Espírito Santo, tem 200 funcionários e 90 robôs (Exame)

Letícia Furlan
Letícia Furlan

Repórter de Mercados

Publicado em 6 de novembro de 2025 às 11h34.

Última atualização em 6 de novembro de 2025 às 16h21.

Viana, Espírito Santo — A RD Saúde, controladora das redes de farmácias Raia e Drogasil, inaugura nesta quinta-feira, 6, o 15º centro de distribuição em Viana, no Espírito Santo, dando continuidade ao seu plano de expandir cada vez mais sua capilaridade logística nacional.

O custo do projeto foi de quase R$ 80 milhões, mas as tecnologias inéditas do CD prometem devolver esse investimento ao elevar a eficiência operacional e aprimorar ainda mais a experiência de abastecimento das lojas.

Esse é o primeiro CD automatizado da RD Saúde. À EXAME, Renato Raduan, o CEO da companhia, afirma que a ideia é que seja lançado um centro de distribuição desse tipo por ano.

“Essa operação, se tudo ocorrer conforme o planejado, vai abastecer 200 farmácias entre Espírito Santo e Rio de Janeiro. Considerando que temos mais de 3 mil farmácias, e que queremos lançar por ano mais 300, faz sentido que a gente inaugure novos CDs”, explica.

A RD está presente em todos os estados do país, totalizando mais de 600 cidades com mais de 3,4 mil farmácias. O novo CD ocupa uma área de 8 mil metros quadrados, sendo projetado para armazenar cerca de 12 milhões de unidades de produtos.

Cerca de 200 funcionários dividem o chão do galpão com mais de 90 robôs autônomos, responsáveis pela movimentação e manuseio das mercadorias de forma integrada.

A automação reúne duas tecnologias complementares: os AMRs (Autonomous Mobile Robots), que transportam estantes inteiras até as estações de separação, e os ACRs (Autonomous Case-handling Robots), que operam verticalmente em estruturas de até 10 metros de altura para selecionar e mover caixas com precisão.

No fim do dia, isso significa uma entrega mais rápida e eficiente. A adoção da tecnologia deve representar um aumento de 75% na produtividade, 99% de redução de erros operacionais e o dobro de adensamento de estoque.

A novidade vem especialmente a calhar, já que, nos últimos meses, uma novidade envolvendo o Mercado Livre deixou alguns analistas mais temerosos sobre o desempenho das varejistas farmacêuticas, como RD Saúde. Trata-se da entrada da gigante do e-commerce no segmento através da aquisição de uma farmácia em São Paulo.

No entanto, o UBS BB já avia acalmados os ânimos ao ver “risco limitado de disrupção” com a entrada do Meli no varejo farmacêutico.

A avaliação considera o atual cenário regulatório, que restringe a venda de medicamentos por marketplaces. Mesmo em países com normas mais flexíveis, como México, Chile e Colômbia, a penetração do canal online segue baixa, segundo os analistas.

Fora isso, ainda que haja mudanças regulatórias no longo prazo, os analistas consideram que a RD deve manter sua posição competitiva com base na capilaridade da rede física, na cobertura de entregas em até uma hora e na força da marca.

*A repórter viajou a convite da RD Saúde.

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