Patrocínio:
índice de Demanda Imobiliária (IDI): São Paulo volta ao pódio do segmento de alto padrão no segundo trimestre de 2025 (Leandro Fonseca/Exame)
Repórter de finanças
Publicado em 2 de agosto de 2025 às 06h59.
Curitiba (PR), Goiânia (GO) e São Paulo (SP) seguem na liderança das cidades que mais demandaram imóveis no segundo trimestre de 2025 nos segmentos de rendas econômico (até R$ 12 mil), médio (de R$ 12 mil a R$ 24 mil) e alto (acima de R$ 24 mil), respectivamente. É isso o que mostra a quarta rodada do Índice de Demanda Imobiliária (IDI Brasil).
Apesar de não figurarem como as líderes, Sorocaba (SP), Belém (PA) e Santo André (SP) também se destacaram com saltos expressivos nos rankings de atratividade, enquanto Salvador (BA) apresentou queda relevante em todos os segmentos.
O presidente do Conselho Consultivo da CBIC, José Carlos Martins, reforça a importância da leitura estratégica trazida pelo índice.
“O IDI Brasil permite antecipar movimentos e decisões em um setor altamente dinâmico e impactante para a economia. Com dados concretos e recorrência nas análises, o índice se transforma em um instrumento essencial para orientar investimentos com maior segurança, promover o equilíbrio regional e planejar políticas habitacionais com base em evidências.”
O indicador tem uma amostragem de 77 cidades brasileiras com potencial para investimentos em imóveis residenciais verticais. O estudo é uma parceria do Ecossistema Sienge, CV CRM e Grupo Prospecta, em colaboração com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
O índice, atualizado trimestralmente, utiliza dados de transações reais, anonimizados e não autodeclarados. O modelo matemático avalia a atratividade de cidades brasileiras para novos projetos imobiliários, utilizando seis indicadores principais (demanda, demanda direta, dinâmica econômica, ofertas de terceiros, atratividade para antigos lançamentos, atratividade para novos lançamentos), que abrangem aspectos essenciais do mercado.
O mercado imobiliário voltado às famílias com renda entre R$ 2 mil e R$ 12 mil passou por mudanças significativas. São Paulo retomou força e voltou ao pódio, agora ficando na segunda posição — impulsionada pelo apelo dos novos lançamentos.
Sorocaba também manteve o ritmo de crescimento e subiu mais duas posições, alcançando o 5º lugar no ranking — destaque ainda maior por ser a única cidade fora das capitais nesse grupo.
Aracaju teve um desempenho positivo, avançando três posições em meio ao aquecimento da economia local e ao aumento da demanda direta. Já o Rio de Janeiro mostrou sinais de recuperação, saltando da 12ª para a 9ª colocação, apoiado na valorização dos novos projetos imobiliários. Em contrapartida, Salvador, que havia se destacado no trimestre anterior, recuou seis posições e agora aparece em 12º, pressionada pela concorrência e pela retração na procura.
As 5 primeiras colocadas do ranking econômico são:
No perfil médio, Curitiba alcançou a 3ª posição, ultrapassando o Rio de Janeiro, impulsionada por ganhos relevantes na atratividade tanto de lançamentos novos quanto de imóveis usados. Sorocaba também teve um avanço expressivo, subindo oito posições e garantindo um lugar entre as cinco primeiras.
“O resultado reforça que Curitiba tem grande relevância para o mercado, principalmente com altos níveis de maturidade e dinamismo que seu mercado apresente”, disse Gabriela Torres, gerente de Inteligência Estratégica do Ecossistema Sienge.
Entre luxo e baixa renda, classe média perde espaço no mercado imobiliárioAinda segundo ela, Sorocaba foi impulsionada por uma alta geral, mas o destaque principal foi o aumento da demanda direta, mais busca e interesse pelos empreendimentos.
Embora ainda apresente alta atratividade, o Rio de Janeiro perdeu fôlego e recuou para a 6ª colocação, impactado principalmente pela menor atratividade dos novos empreendimentos. Salvador seguiu trajetória parecida, caindo do 6º para o 12º lugar. Já Belém rompeu uma sequência negativa de quatro trimestres e deu um salto de 17 posições, alcançando o 18º lugar, impulsionada pelo aquecimento nos lançamentos recentes.
As 5 primeiras colocadas no ranking médio padrão são:
No mercado de alto padrão, Brasília avançou para a 3ª posição, ultrapassando Fortaleza, impulsionada pelo aumento na oferta de imóveis de terceiros e pela maior atratividade dos lançamentos recentes.
“O movimento de Brasília indica um aquecimento relevante do segmento de alto padrão na capital federal. Fortaleza, por sua vez, segue como um mercado de destaque, caindo apenas uma posição e mantendo-se entre os principais do país”, diz Torres.
Sorocaba também se destacou, subindo nove posições e entrando no top 10, resultado de uma forte expansão da demanda por imóveis de alto padrão na planta. Já Santo André teve um desempenho relevante, subindo 12 colocações e alcançando o 16º lugar.
Apesar da melhora significativa, Santo André ainda permanece na categoria de atratividade intermediária. A principal alavanca para a escalada no ranking foi o expressivo crescimento da atratividade dos lançamentos.
As 5 primeiras colocadas do ranking alto padrão, são: