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Prédio de Balneário Camboriú é demolido — com todos os apartamentos comprados

A demolição do Ivo Roveda, de 18 andares, dará lugar a outro edifício 4,5 vezes maior

Balneário Camboriú: A demolição do edifício Ivo Roveda, na Avenida Atlântica, em Balneário Camboriú, foi concluída em uma operação considerada a maior demolição mecânica já realizada no Brasil. (Divulgação/Embraed )

Balneário Camboriú: A demolição do edifício Ivo Roveda, na Avenida Atlântica, em Balneário Camboriú, foi concluída em uma operação considerada a maior demolição mecânica já realizada no Brasil. (Divulgação/Embraed )

Letícia Furlan
Letícia Furlan

Repórter de Mercados

Publicado em 6 de maio de 2025 às 16h44.

Última atualização em 6 de maio de 2025 às 16h55.

A demolição do edifício Ivo Roveda, na Avenida Atlântica, em Balneário Camboriú, foi concluída em uma operação considerada a maior demolição mecânica já realizada no Brasil.

O resultado, além de um terreno em branco para a construção de um novo empreendimento no metro quadrado mais caro do Brasil, foi cerca de 10 piscinas olímpicas de entulho.

A iniciativa, inédita no país, prepara o espaço para o Armani Casa Residences, primeiro residencial da Embraed com assinatura da grife italiana Armani/Casa. O projeto também prevê a instalação de um showroom exclusivo da marca. O novo empreendimento alcançará 270 metros de altura — 4,5 vezes mais alto do que o anterior — quando estiver pronto em 2026. A incorporadora foi precursora da fase dos arranha-céus na cidade catarinense. Em 2013, o edifício Villa Serena, com 160 metros, era o maior residencial do Brasil.

A aquisição das unidades do Ivo Roveda iniciou-se em 2012, primeiramente como parte de permutas. O processo de aquisição gradativa se intensificou entre 2014 e 2015.

O processo de demolição

Iniciado em novembro de 2024, o processo foi dividido em três etapas. Na primeira, foram removidos manualmente a caixa d’água e a piscina localizadas no topo do edifício. Em seguida, demolição dos apartamentos começou, com o uso de duas escavadeiras de 5,5 toneladas, içadas até o alto da torre para realizar a demolição verticalmente, andar por andar.

Os entulhos gerados desciam por uma prumada aberta no alinhamento dos banheiros até o térreo, onde eram recolhidos em caçambas. As escavadeiras se deslocavam de um andar para outro por rampas feitas com o próprio entulho, o que garantiu segurança para os operários e reduziu riscos à vizinhança.

Na etapa final, os quatro andares inferiores foram demolidos com o auxílio de uma escavadeira de 26 toneladas, responsável também pela remoção da fundação do edifício. Ao todo, foram retirados cerca de 3 mil metros cúbicos de entulhos, encaminhados a um centro de triagem para separação e reciclagem de concreto, ferro, madeira, plástico e alumínio.

Segundo Tatiana Cequinel, CEO da Embraed, cerca de 90% dos resíduos serão reciclados e retornarão à cadeia produtiva da construção civil. Antes da demolição, diversos itens do prédio — como janelas, portas, móveis e até o elevador — foram retirados para doação.

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