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A escolha do índice de reajuste impacta diretamente o valor do aluguel, exigindo atenção para evitar aumentos excessivos ou prejuízos (Getty/Getty Images)
Publicado em 7 de março de 2025 às 18h26.
O reajuste do aluguel é um tema que gera dúvidas tanto para inquilinos quanto para proprietários. No Brasil, essa atualização de valor é regulamentada pela Lei do Inquilinato (Lei nº 8.245/91) e deve seguir critérios definidos no contrato de locação.
O reajuste ocorre anualmente e pode ser calculado com base em índices de inflação, como o IGP-M, IPCA ou INPC. No entanto, o aumento precisa respeitar o percentual estabelecido pelo índice escolhido, garantindo previsibilidade e evitando abusos.
Veja como funciona o reajuste de aluguel e os cuidados que inquilinos e proprietários devem ter.
1. Periodicidade
O reajuste pode ser aplicado uma vez por ano, geralmente na data de aniversário do contrato, desde que esteja previsto no documento, ou seja, negociado entre as partes.
2. Índices de correção
O contrato deve especificar qual índice será utilizado para o reajuste. Os mais comuns são:
Se o contrato não definir um índice, o reajuste pode ser negociado entre locador e inquilino.
3. Aviso prévio
O proprietário deve notificar o inquilino com pelo menos 30 dias de antecedência antes da aplicação do novo valor. O aviso deve informar a justificativa do reajuste com base no índice escolhido.
4. Limites e regras do reajuste
O aumento do aluguel não pode ultrapassar o percentual determinado pelo índice definido no contrato. Caso contrário, o inquilino pode contestar o reajuste.
Se o valor do aluguel estiver muito abaixo do mercado, o locador pode propor um reajuste por diferença de mercado. No entanto, essa alteração deve ser justificada e negociada entre as partes. Se não houver acordo, a questão pode ser levada à Justiça.
A escolha do índice de correção do aluguel deve ser feita no momento da assinatura do contrato. Cada índice tem características próprias, e a decisão impacta tanto o inquilino quanto o proprietário. Veja os principais:
A escolha do índice deve levar em conta o equilíbrio entre previsibilidade para o inquilino e proteção contra perdas inflacionárias para o proprietário.
Se o contrato não estipular um índice de correção e as partes não chegarem a um consenso, o reajuste pode ser discutido judicialmente. Isso ocorre, por exemplo, quando um proprietário deseja aplicar um aumento superior à inflação e o inquilino contesta.
O reajuste do aluguel é uma prática legal e necessária para manter o equilíbrio financeiro da locação. No entanto, tanto locadores quanto inquilinos devem estar atentos às regras da Lei do Inquilinato, garantindo que o processo seja justo e transparente.