Patrocínio:
Centro: região teve transações significativas no Passeio Paulista (Pedro Vannucchi/Divulgação)
Repórter de Mercados
Publicado em 21 de julho de 2025 às 13h25.
A vacância dos prédios corporativos segue em queda na cidade de São Paulo. No segundo trimestre, no entanto, o destaque foi para a região do Centro, segundo estudo da Jones Lang LaSalle, empresa global especializada no mercado imobiliário comercial.
O percentual de metros quadrados vagos saiu de 23% no primeiro trimestre para 3%, contra uma média de 17,3% na cidade de São Paulo – muito por conta dos novos inquilinos do Passeio Paulista, na Rua da Consolação, um dos principais empreendimentos na área, que não tem tantos novos imóveis em construção.
O edifício vai ser, inclusive, a nova casa da EXAME Saint Paul. As empresas, que se uniram no fim do ano passado, ocuparão 11 mil metros quadrados. Além delas, o Banco do Brasil também vai ocupar 14 mil metros quadrados do prédio. O imóvel, desenvolvido pela Brookfield em parceria com a Fibra Experts, possui 21 andares, fachada em pele de vidro, 523 vagas de garagem e pé direito de 3 metros.
Outra região que também se destacou neste trimestre, e que vem se destacando no geral, é da Chucri Zaidan. Por lá, 14 mil metros quadrados foram absorvidos pela Eurofarma, na torre Viva!.
Ao contrário do que aconteceu no Centro, na Chucri a taxa de vacância se manteve em 17%, mas muito graças às áreas entregues. Enquanto no Centro há escassez de novas áreas, a Chucri Zaidan tem o movimento contrário: só no segundo trimestre, 24 mil metros quadrados foram entregues na região.
A “pedra fundamental” da região foi o icônico Rochaverá, complexo corporativo com quatro prédios, lançado em 2008. Desde então, a região vem de fato despontando como forte competidora a abrigar as sedes das maiores empresas do país. Já estão por lá companhias como Nestlé, Vivo, Deloitte, TV Globo e Samsung.
Em 2011, um estudo da JLL divulgado com exclusividade pela EXAME mostrava que haveria 653 mil metros quadrados de escritórios no local até 2016. Na época, a região era descrita como um local com “centenas de casas modestas, muitos terrenos vazios e depois dos principais shoppings da capital [Morumbi e Market Place]” e quatro empreendimentos constavam nos planos das incorporadoras.
No primeiro trimestre de 2025, a Chucri Zaidan já tinha 23 prédios, 768 mil metros quadrados de estoque, área disponível de 141 mil metros quadrados e uma taxa de vacância de 18%. Além disso, é a região onde há a maior área em construção: os canteiros de obras tomam conta de 112 mil metros quadrados.