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A disciplina de Fernanda Torres para não ficar 'totalmente endividada'

Atriz indicada ao Oscar por 'Ainda Estou Aqui' admite já que tomou decisões erradas de investimento: 'hoje temo menos a ruína financeira'

Educação financeira: Fernanda Torres conta como é sua relação com o dinheiro (Jason Armond/ Los Angeles Times/Getty Images)

Educação financeira: Fernanda Torres conta como é sua relação com o dinheiro (Jason Armond/ Los Angeles Times/Getty Images)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 22 de outubro de 2025 às 17h39.

A relação do brasileiro dinheiro sempre foi tabu, mas está mudando com o passar do tempo. Para a atriz indicada ao Oscar e embaixadora do Itaú, Fernanda Torres, não é diferente. Nascida em uma família que, segundo ela, passou um longo período endividada, Torres ressignificou sua relação com o dinheiro – é isso o que ela conta em um painel durante um evento do Itaú nesta quarta-feira, 22.

“Minha família viveu a vida inteira endividada. Sempre cresci com eles dizendo que estávamos a beira da ruína. Depois de um primeiro sucesso, eles falaram ‘isso não é real’. [...] Hoje eu procuro ser menos tensa com o medo da ruína, que é uma coisa que realmente acompanhou a minha mãe”, contou Torres.

Hoje, ela conta ter noção de que é importante guardar dinheiro por mais que “três meses à frente”. “Até hoje minha mãe fala que tem que ter três meses garantidos para frente e eu digo para ela ‘é um pouco mais’”, conta.

Fernanda conta com o auxílio de uma consultoria de investimento que a auxilia em suas decisões financeiras. “[minha mãe] ainda desconfia… mas às vezes é para desconfiar mesmo.”

Seus filhos, como ela fala, são econômicos, mas não houve uma educação financeira de fato, já que ela também não teve na infância — eles aprenderam com a realidade.

“Era impossível, na minha infância, aprender sobre dinheiro. Dinheiro no Brasil era uma coisa instável”, relembra, dizendo anteriormente que já vivenciou diversos planos econômicos.

Ela ressignificou, inclusive, sua relação com a dívida.

“Uma vez me falaram que [quitar um apartamento à vista] não fazia sentido, já que é algo que vai usar ao longo da vida, tem que pagar ao longo da vida. Esse pânico da dívida, herdei da minha família.” Mas hoje ela vê com outros olhos: “O banco deveria ser um parceiro.”

Mas o investimento que fez com seu primeiro cachê, aos 17 anos, foi justamente a compra de um apartamento, um quarta e sala “virado para um buraco”, brinca a atriz.

Eu nunca fui para lá porque era inabitável”. Naquela época, ela conta, o apartamento não era tão caro, mas também não era tão bom.

O primeiro erro financeiro que cometeu também foi no setor imobiliário. Ao receber o dinheiro de uma multa, por conta de uma publicidade que fez, um namorado sugeriu a ela que comprasse um terreno para construir um imóvel, onde ela construiu um quarto e sala "virado errado para o sol".

“Virou um inferno, foi um erro”.

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