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A cada 6 minutos, 2,5 mil pessoas da Líbia chegam à Tunísia

Maioria dos refugiados é de cidadãos tunisianos; comboio de 50 ônibus se dirige à fronteira para o repatriamento

Refugiados na Tunísia: líbios enfrentam violência na região ocidental do país (Spencer Platt/Getty Images)

Refugiados na Tunísia: líbios enfrentam violência na região ocidental do país (Spencer Platt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2011 às 19h38.

Túnis - Cerca de 2,5 mil pessoas procedentes da Líbia chegam a cada seis minutos à fronteira com a Tunísia pela passagem de Ras Jedir, fugindo da violência desencadeada no território líbio, informou nesta quinta-feira a Polícia de Fronteiras tunisiana.

Segundo a fonte, o fluxo de refugiados, principalmente tunisianos, é constante, devido à repressão do Governo líbio às manifestações que exigem a queda do líder Muammar Kadafi.

Um comboio de 50 ônibus dirige-se nesta quinta-feira à fronteira com a Líbia para repatriar refugiados tunisianos que fogem da violência no país.

Está previsto que os ônibus partam nesta quinta-feira da capital tunisiana, de onde se dirigirão à passagem de Ras Jedir para transportar as pessoas que fogem dos enfrentamentos na Líbia.

A violência é especialmente forte na região ocidental do país, onde fica a capital, Trípoli.

Mais de uma centena de pessoas morreram nesta quinta-feira na localidade de Zawiya, ao oeste de Trípoli, perto da fronteira com a Tunísia, depois que as forças fiéis a Kadafi atacaram manifestantes, segundo a emissora catariana "Al Jazeera".

Testemunhas revelaram que nos últimos dias Zawiya se encontra sob controle "total" dos manifestantes.

Após o ataque, milhares de pessoas invadiram as ruas para protestar contra essa ação e enfrentar os agressores.

Os manifestantes que pegaram armas contra o regime líbio controlam cerca de um terço da parte oriental do país, especialmente a cidade de Benghazi, a segunda maior da Líbia.

Algumas informações indicam que eles têm também o controle de várias localidades no oeste, embora a maioria desta parte do país permaneça dominada pelas forças leais a Kadafi.

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