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Agricultores mexicanos se opõem a livre-comércio com Brasil

Representantes do setor criticaram o governo do México por propôr acordo com o Brasil, Peru e Colômbia

O acordo seria "uma ameaça para o agronegócio mexicano" disse o setor

O acordo seria "uma ameaça para o agronegócio mexicano" disse o setor

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Da Redação

Publicado em 8 de fevereiro de 2011 às 17h02.

Cidade do México - As principais associações agrícolas mexicanas expressaram nesta terça-feira sua "total rejeição" à proposta de que o México firme tratados de livre-comércio com o Brasil, Colômbia e Peru.

Em comunicado publicado na imprensa local, as diversas associações insistiram na recusa de todo "o setor agroalimentar mexicano" a esses acordos comerciais.

O Governo mexicano expressou sua disposição em discutir um possível tratado de livre-comércio com o Peru e com o Brasil, além de ampliar o que já tem com a Colômbia.

A mensagem das centrais camponesas, dirigida ao secretário de Economia do México, Bruno Ferrari, acusa-o de cancelar "as negociações com o setor agropecuário" nacional, de assumir uma "posição unilateral" e de ignorar "os argumentos sérios, sustentados por estudos técnico-científicos e econômicos, que foram apresentados".

Com relação ao acordo específico com o Brasil, as organizações afirmaram que seria "uma ameaça para o agronegócio mexicano" e "significaria a perda de milhões de empregos e quebra total de setores produtivos", dado que supostamente "México e Brasil não são economias complementares nos mercados agropecuários".

O México tem 19 tratados e acordos assinados com mais de 50 nações, o que o transforma em "um dos países mais abertos do mundo", acrescenta a nota.

No entanto, entre todos esses instrumentos comerciais, "o grande perdedor na balança comercial total foi o setor agroalimentar", concluem as associações.

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