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AIEA quer sistema mais eficiente na central de Fukushima

Vários casos de vazamento de água radioativa na usina foram registrados recentemente


	Funcionários trabalham na usina de Fukushima: os problemas e as obras adicionais imprevistas mostraram a vulnerabilidade do local
 (Issei Kato/AFP)

Funcionários trabalham na usina de Fukushima: os problemas e as obras adicionais imprevistas mostraram a vulnerabilidade do local (Issei Kato/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2013 às 13h23.

Tóquio - A empresa que administra a central de Fukushima, Tokyo Electric Power (TEPCO), deve melhorar os sistemas essenciais para evitar a repetição de incidentes, afirmou a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

"A TEPCO deve prosseguir em seus esforços para melhorar a confiabilidade de seus sistemas essenciais, para avaliar a integridade das instalações e para reforçar a proteção contra riscos externos", destaca um comunicado do organismo da ONU.

A AIEA divulgou o comunicado após reuniões com representantes do governo japonês e da TEPCO, semana passada, antes de uma inspeção à central.

Poucas horas antes, a TEPCO anunciou que desativou temporariamente o sistema de refrigeração de uma piscina de combustível usado de um reator, depois de encontrar, perto de um transformador externo conectado ao sistema de refrigeração, dois ratos mortos.

A medida foi adotada para permitir aos funcionários da central retirar os animais mortos e verificar se haviam danificado o delicado sistema elétrico, afirmou a TEPCO.

A temperatura da piscina era de 13,9°C no momento da desativação. Sem refrigeração, deve subir ao ritmo de 0,187°C por hora. A princípio, não corre o risco de alcançar, antes do reativação, o limite de segurança de 65°C fixado pelas autoridades.

Em março, um rato provocou um curto-circuito e provocou uma falha nos distribuidores elétricos, o que paralisou por quase 30 horas parte dos sistemas de refrigeração das piscinas de desativação de combustível usado.

Vários casos de vazamento de água radioativa foram registrados recentemente e obrigaram a TEPCO a conter o líquido contaminado de maneira improvisada.

Os problemas e as obras adicionais imprevistas mostraram a vulnerabilidade do local, dois anos depois do terremoto e tsunami de 11 de março de 2011, que deixaram em risco o complexo nuclear.

*Matéria atualizada às 13h23

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