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Algum presidente já ganhou o Nobel da Paz?

Primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, surpreendeu o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao revelar que o indicou para o Prêmio Nobel da Paz

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 8 de julho de 2025 às 16h59.

Última atualização em 8 de julho de 2025 às 17h17.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, surpreendeu o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante um jantar na Casa Branca, na segunda-feira, 7, ao revelar que o havia indicado para o Prêmio Nobel da Paz.

"Ele está forjando a paz enquanto falamos", afirmou Netanyahu, destacando os esforços de Trump em diversas regiões do mundo. "Quero apresentar a você, senhor presidente, a carta que enviei ao Comitê Nobel, nominando você para o Prêmio da Paz, que é muito merecido, e você deveria recebê-lo."

Esta não é a primeira vez que um líder estrangeiro indica Trump para o prêmio. No mês anterior, o Paquistão também anunciou que faria uma indicação semelhante.

Algum presidente já ganhou o Nobel da Paz?

Ao longo da história, diversos presidentes foram laureados com o Prêmio Nobel da Paz devido a suas contribuições para a paz mundial, a resolução de conflitos ou a defesa dos direitos humanos. Abaixo estão alguns dos presidentes que receberam o prêmio:

  • Theodore Roosevelt (Estados Unidos, 1906) - por seu papel na mediação da paz na Guerra Russo-Japonesa.

  • Woodrow Wilson (Estados Unidos, 1919) - pela criação da Liga das Nações após a Primeira Guerra Mundial.

  • Hjalmar Branting (Suécia, 1921) - por seu trabalho pela paz e pela cooperação internacional.

  • Jimmy Carter (Estados Unidos, 2002) - por seus esforços para resolver conflitos internacionais e promover os direitos humanos.

  • Barack Obama (Estados Unidos, 2009) - pelos esforços diplomáticos e pela promoção da cooperação internacional.

  • Juan Manuel Santos (Colômbia, 2016) - pelo acordo de paz com as FARC, encerrando décadas de conflito armado.

  • Nelson Mandela (África do Sul, 1993) - pelo fim pacífico do apartheid e pela transição para uma democracia multirracial.

  • Frederik Willem de Klerk (África do Sul, 1993) - pelo mesmo trabalho de Mandela, no fim do apartheid.

  • Ellen Johnson Sirleaf (Libéria, 2011) - pela luta não violenta pela segurança e pelos direitos das mulheres.

  • Kim Dae-jung (Coreia do Sul, 2000) - pela promoção da democracia e pela reconciliação com a Coreia do Norte.

  • Lech Wałęsa (Polônia, 1983) - pela liderança no movimento Solidariedade e pela transição democrática.

  • Shimon Peres (Israel, 1994) - pelos Acordos de Paz de Oslo.

  • José Ramos-Horta (Timor-Leste, 1996) - pelos esforços pela independência e paz em Timor-Leste.

  • Mikhail Gorbachev (União Soviética, 1990) - pelo papel no fim da Guerra Fria e nas reformas democráticas.

  • Aung San Suu Kyi (Myanmar, 1991) - pela luta não violenta pela democracia e pelos direitos humanos.

  • Yasser Arafat (Palestina, 1994) - pelos Acordos de Paz de Oslo.

Como funciona o Nobel da Paz?

O Prêmio Nobel da Paz, concedido anualmente pelo Comitê Nobel da Noruega, é um dos mais prestigiados reconhecimentos no mundo. Não é para menos.

De acordo com o testamento de Alfred Nobel, o criador da honraria, o prêmio é destinado àqueles que fizerem "a maior ou a melhor contribuição para a fraternidade entre as nações, a redução de exércitos ou a promoção de congressos pela paz". Com o tempo, a premiação também passou a incluir esforços em prol dos direitos humanos e da proteção ambiental, mas o princípio fundamental de promover a paz e a não-violência permanece o mesmo.

Quem pode ser considerado para o prêmio?

O candidato deve ser indicado por uma pessoa qualificada. Isso inclui membros de assembleias nacionais, governos, chefes de Estado, professores universitários de áreas como história e ciências sociais, diretores de institutos de pesquisa em paz ou política externa, laureados anteriores do prêmio, entre outros. A autoindicação não é permitida.

O processo começa com a abertura das nomeações até 31 de janeiro de cada ano. Após a análise das indicações, o Comitê Nobel faz uma seleção inicial e consulta especialistas internacionais. O vencedor é escolhido por votação majoritária até o início de outubro, e a decisão é final. O nome do laureado é anunciado em outubro, e a cerimônia de premiação ocorre em 10 de dezembro, data da morte de Alfred Nobel.

Além disso, o nome dos indicados e daqueles que indicam candidatos é mantido em segredo por 50 anos. Apenas indivíduos vivos e organizações ativas são elegíveis para o prêmio, e não são concedidos prêmios póstumos. O Comitê busca premiar candidatos cujas ações tenham impacto global, não restrito a uma área local ou nacional.

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