Mundo

América Latina tem 74 jornalistas mortos em três anos

Entre 2010 e 2012, foram assassinados em Honduras 25 profissionais de comunicação e 24 no México


	Mulher repórter: no mesmo período morreram nove jornalistas no Brasil, sete no Equador, três no Peru, três na Colômbia, dois na Guatemala e um na Argentina
 (Ivana/Stock.xchng)

Mulher repórter: no mesmo período morreram nove jornalistas no Brasil, sete no Equador, três no Peru, três na Colômbia, dois na Guatemala e um na Argentina (Ivana/Stock.xchng)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de novembro de 2012 às 21h43.

São Paulo - Ao menos 74 jornalistas foram assassinados nos últimos três anos na América Latina, 9 deles no Brasil e 49 em Honduras e México, países mais perigosos para o exercício da profissão na região, revelou uma ONG esta quinta-feira, na capital guatemalteca.

Entre 2010 e 2012, foram assassinados em Honduras 25 profissionais de comunicação e 24 no México, segundo o estudo intitulado 'Rostos e rastros da liberdade de expressão na América Latina e no Caribe', apresentado pela IFEX-ACL, uma rede de organizações que defende a liberdade de imprensa na região.

Ainda segundo o informe, no mesmo período morreram nove jornalistas no Brasil, sete no Equador, três no Peru, três na Colômbia, dois na Guatemala e um na Argentina.

A presença do crime organizado, da intolerância dos poderes públicos, da violência sexual, entre outras realidades da América Latina, são ameaças comuns à integridade dos jornalistas, explicou Pedro Vaca, integrante da rede.

"Deve-se garantir o livre exercício jornalístico em ambientes ameaçadores e implementar medidas de proteção que caminhem de mãos dadas com políticas de justiça", acrescentou o ativista.

Segundo a ONG, não menos grave que os 74 homicídios é o fato de que em apenas oito destes casos os autores materiais ou intelectuais foram condenados.

"É, então, necessário reverter a cultura da impunidade e levar a sério o direito à justiça. O propósito (do informe) é promover uma reflexão nos Estados à espera de que estes aportes se traduzam em ações", acrescentou o informe.

A rede IFEX-ALC destacou que, atualmente, 431 jornalistas estão ameaçados de morte na América Latina. Só na Colômbia, 135 profissionais de comunicação foram intimidados devido ao seu trabalho.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaProfissõesConflitos profissionaisseguranca-digital

Mais de Mundo

AtlasIntel: Candidata do Partido Comunista lidera eleição no Chile

A Terra está rachando? 'Ultrassom' revela placa oceânica com rasgos de 5km de profundidade

Trump afirma que não está considerando ataques na Venezuela

Talibã pede para participar da COP30 em meio às secas no Afeganistão