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Anarquistas italianos assumem atentado contra presidente de banco

Grupo Federazione Anarchica Informale tentou enviar uma carta bomba para o executivo que comanda o Deutsche Bank

Josef Ackermann, CEO do Deutsche Bank: banco se disse abalado pelo atentado (Patrik Stollarz/ Getty Images)

Josef Ackermann, CEO do Deutsche Bank: banco se disse abalado pelo atentado (Patrik Stollarz/ Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2011 às 15h48.

Berlim - Um grupo anarquista italiano reivindicou o atentado fracassado perpetrado por meio de uma carta bomba contra o presidente do Deutsche Bank, Josef Ackermann, informou nesta quinta-feira o Escritório de Investigação Criminal (LKA, na sigla em alemão) do estado federado de Hesse.

Durante a análise do pacote, os especialistas descobriram um comunicado da 'Federazione Anarchica Informale', detalhou a LKA, que anteriormente havia informado à Promotoria de Frankfurt que Ackermann tinha sido alvo de um atentado com 'uma carta bomba ativa'.

O grupo, segundo a LKA, é uma organização terrorista que reivindicou em repetidas ocasiões ataques contra instituições estatais na Europa e especialmente na Itália.

No comunicado há também ameaças de outros ataques contra 'bancos, banqueiros, carrapatos e sanguessugas'.

As autoridades corrigiram assim informações anteriores da polícia que minimizaram o envio da carta, dirigida pessoalmente a Ackermann e interceptada na quarta-feira pelos serviços de segurança do Deutsche Bank, que alertaram o fato às autoridades imediatamente.

'O Deutsche Bank está muito abalado por este atentado contra o senhor Ackermann', afirmou um porta-voz da instituição bancária, enquanto outra fonte revelou que os funcionários de todas as filiais foram informados do episódio e que as medidas de segurança foram intensificadas.

A polícia havia comunicado que a carta continha pólvora, enquanto a LKA e a Promotoria de Frankfurt inicialmente não quiseram revelar a composição da bomba para não prejudicar a investigação realizada.

No entanto, fontes das forças de segurança indicaram que a bomba era de fabricação caseira e que sua explosão poderia ter causado ferimentos na pessoa que abrisse a carta.

Josef Ackermann, de 63 anos, é um dos executivos mais polêmicos da Alemanha, que dirigiu com sucesso a primeira instituição bancária privada do país, mas que é criticado por setores que denunciam sua excessiva influência na política. 

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