Mundo

Annan insistiu, sem sucesso, em plano de paz na Síria

Um dos pontos do Plano diz que a transição política no país deve ser conduzida pelas forças internas, sem ingerências externas

O enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan: há 17 meses, eclodiram os protestos e a onda de violência na Síria (Sebastien Bozon/AFP)

O enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan: há 17 meses, eclodiram os protestos e a onda de violência na Síria (Sebastien Bozon/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2012 às 13h12.

Brasília – Por mais de três meses, Kofi Annan, ex-secretário-geral da ONU, que ontem renunciou ao cargo de mediador oficial das Nações Unidas e da Liga Árabe na Síria, tentou negociar a execução de um plano de paz na região. Annan conversou com o presidente sírio, Bashar Al Assad, a oposição e autoridades russas e chinesas – que resistem às sanções à Síria. Mas não obteve sucesso, apenas promessas sem prazos.

Pelo plano apresentado por Annan, todos os envolvidos nos conflitos na Síria devem seguir uma série de pontos. O primeiro deles é que a transição política no país deve ser conduzida pelas forças internas, sem ingerências externas, com o objetivo de resolver as aspirações e preocupações do povo sírio. Em segundo lugar, é necessário acabar com a violência de todos os lados.

No terceiro ponto, a referência é para que as forças do Exército cessem o uso de armas pesadas. Também há ordem para permitir a ajuda humanitária, a libertação dos presos políticos, a autorização para a livre circulação de jornalistas e a liberdade de manifestações.

A presidente Dilma Rousseff, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e a representante do Brasil na ONU, embaixadora Maria Luiza Viotti, manifestaram-se várias vezes em favor das ações de Annan e do plano de paz.

Há 17 meses, eclodiram os protestos e a onda de violência na Síria. A oposição insiste na renúncia do presidente sírio, há quase 11 anos no poder. Assad reage com repressão. Segundo ele, forças externas incitam a oposição síria. A pressão da comunidade internacional é para que Assad aceite uma transição política no país.

Acompanhe tudo sobre:DitaduraONUPrimavera árabeSíria

Mais de Mundo

Ataque pode ter atrasado o programa nuclear do Irã em apenas alguns meses, diz relatório dos EUA

Brics condena ataques ao Irã, mas defende criação de zona livre de armas nucleares no Oriente Médio

Bezos muda local da festa de casamento em Veneza por temor de protestos

Reino Unido comprará 12 caças F-35A com capacidade nuclear; medida é vista para agradar Trump