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Apenas 48 horas antes de tarifas entrarem em vigor, Modi diz que suportará pressão dos EUA

Crise nas relações entre os países se intensificou depois que a Casa Branca anunciou sua intenção de impor tarifas de até 50% sobre produtos indianos

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 25 de agosto de 2025 às 20h00.

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O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, afirmou nesta segunda-feira que o país vai suportar a pressão dos Estados Unidos e protegerá seus interesses nacionais, a apenas 48 horas do prazo para a imposição de tarifas punitivas pelo governo americano devido à compra de petróleo da Rússia.

“Desta terra de Gandhi, prometo mais uma vez aos meus pequenos empresários, agricultores e pecuaristas que seus interesses são primordiais”, declarou Modi diante de uma multidão em Ahmedabad, cidade natal de Mahatma Gandhi e berço do movimento de independência indiano.

A crise se intensificou depois que a Casa Branca anunciou sua intenção de impor tarifas de até 50% sobre produtos indianos. A medida é uma retaliação pela decisão da Índia de importar grandes volumes de petróleo da Rússia, uma ação que, segundo Washington, enfraquece as sanções internacionais impostas a Moscou.

A Índia, um dos maiores importadores de energia do mundo, defendeu a compra como uma necessidade para a segurança energética e para controlar a inflação. O petróleo russo, adquirido com descontos significativos, permitiu ao governo economizar bilhões e manter estáveis os preços dos combustíveis para os 1,4 bilhão de habitantes.

“Meu governo nunca permitirá que vocês sofram qualquer dano. Não importa quanta pressão venha, continuaremos aumentando nossa força para resistir”, disse o líder nacionalista indiano no evento, invocando o espírito do swadeshi (autossuficiência) de Mahatma Gandhi.

A ameaça tarifária afetaria setores-chave da exportação indiana, como têxteis, pedras preciosas e joias, e produtos do mar.

O primeiro-ministro indiano exortou cidadãos e empresas a adotarem um “mantra de comprar apenas produtos ‘Made in India’”, em uma mensagem apontando que o país se preparará para reduzir a dependência das importações se a disputa comercial se intensificar.

Nova Délhi classificou oficialmente a ação de Washington como “injusta, injustificada e irracional”.

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