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Apesar dos protestos, parlamento armênio elege novo primeiro-ministro

O Parlamento da Armênia elegeu Serge Sargsyan como primeiro-ministro em meio a forte onde de protestos

Armênia: o ex-presidente foi eleito no Parlamento com 76 votos a favor e 17 contra (Hayk Baghdasaryan/Reuters)

Armênia: o ex-presidente foi eleito no Parlamento com 76 votos a favor e 17 contra (Hayk Baghdasaryan/Reuters)

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EFE

Publicado em 17 de abril de 2018 às 12h00.

Última atualização em 17 de abril de 2018 às 12h01.

Tbilisi - O ex-presidente da Armênia, Serge Sargsyan, foi eleito nesta terça-feira primeiro-ministro deste país em uma votação parlamentar que foi realizada em meio aos fortes protestos da oposição contra a continuidade do político no poder.

A candidatura de Sargsyan recebeu 76 votos a favor e 17 contra.

A votação no Parlamento aconteceu em meio a um grande desdobramento policial por causa dos protestos opositores que começaram há alguns uns dias, contra a eleição de Sargsyan, de 63 anos.

Para evitar o acesso dos manifestantes ao edifício da Assembleia Nacional, a polícia instalou arames em seus arredores.

Durante o dia de hoje, os opositores bloquearam as entradas na Promotoria, no Ministério de Relações Exteriores, no Banco Central e outros edifícios governamentais da capital armênia.

O organizador dos protestos, líder da formação opositora Yelk (Saída), Nikol Pashinian, anunciou previamente o início de uma "revolução de veludo" na Armênia e convocou para esta tarde o "maior protesto" na história do país.

Sargsyan, que governou a Armênia durante a última década, não podia aspirar a um terceiro mandato presidencial consecutivo, por isso que, segundo a oposição, optou por fortalecer as faculdades do chefe do Governo em detrimento das do presidente, transformado agora em uma figura representativa, para conservar o poder desde esse cargo.

Durante o conflito de Nagorno Karabaj, entre Armênia e Azerbaijão em 1988, Sargsian foi chefe do comitê de autodefesa do território e o bem-sucedido exercício de suas funções lhe valeu em 1993 a nomeação como ministro de Defesa armênio.

Nos anos seguintes, este filólogo de formação ocupou os cargos de ministro do Interior, chefe da administração presidencial e secretário do Conselho de Segurança Nacional.

Em 2000, assumiu de novo a pasta de Defesa, que deixou em 2007 para ser renomeado primeiro-ministro do país.

A Armênia se transformou em uma república parlamentar em virtude de uma reforma constitucional aprovada em 2015.

O atual presidente do país, Armen Sarkissian, foi também eleito pelo Parlamento e tomou posse em 9 de abril.

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