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Após ataque em Washington, Trump ordena revisão de 'green cards' emitidos a 19 nacionalidades

Medida foi tomada um dia após um ataque contra dois membros da Guarda Nacional, atribuído a um refugiado afegão que vive nos Estados Unidos desde 2021

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter

Publicado em 27 de novembro de 2025 às 20h21.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou que todos os "green cards", o documento de residência permanente, emitidos a cidadãos de 19 países considerados de "preocupação particular" sejam submetidos a uma revisão imediata.

A medida foi tomada um dia após um ataque contra dois membros da Guarda Nacional em Washington, atribuído a um refugiado afegão que vive nos Estados Unidos desde 2021.

"Por ordem do presidente dos EUA, ordenei uma reavaliação completa e rigorosa de todos os vistos de residência permanente (Green Card) para todos os estrangeiros de todos os países de preocupação [particular]", escreveu na rede social X Joe Edlow, diretor dos Serviços de Cidadania e Imigração dos EUA.

E acrescentou: "A proteção deste país e do povo americano continua sendo primordial, e o povo americano não arcará com o custo das políticas de reassentamento imprudentes da administração anterior. A segurança dos americanos é inegociável."

Quais nacionalidades serão afetadas?

Mais tarde, as autoridades migratórias esclarecem que os 19 países afetados pela revisão dos "green cards" são aqueles que já estavam sob restrições de viagem aos Estados Unidos, determinadas por Donald Trump em junho.

Os países incluídos na lista são: Afeganistão, Mianmar, Chade, República do Congo, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Irã, Líbia, Somália, Sudão, Iémen, Burundi, Cuba, Laos, Serra Leoa, Togo, Turcomenistão e Venezuela.

Ataque em Washington

Na quarta-feira, dois soldados da Guarda Nacional foram baleados a duas quadras da Casa Branca, em Washington, e ficaram em estado grave, segundo a agência Reuters. Inicialmente, autoridades informaram que eles haviam morrido, mas posteriormente corrigiram a informação.

O suspeito de realizar os disparos, Rahmanullah Lakanwal, um afegão de 29 anos, havia trabalhado em uma força paramilitar apoiada pela inteligência americana. Ele chegou aos Estados Unidos em agosto de 2021 por meio de um programa criado pelo ex-presidente Joe Biden, destinado a afegãos que trabalharam com as forças americanas durante os 20 anos de guerra. Lakanwal recebeu o visto de residência permanente no início de 2022, já durante o governo de Trump.

Além de classificar o ataque como terrorismo e se referir ao atirador como "animal", Trump afirmou que ele pagará um "preço elevado" por seus atos. O presidente, reforçando uma de suas principais bandeiras políticas, também direcionou sua atenção para a questão migratória.

Inicialmente, ele determinou que todos os afegãos que chegaram aos Estados Unidos por meio do programa de acolhimento pós-2021 sejam submetidos a uma reavaliação.

(Com informações da agência AFP)

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