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Ao se assumir transgênero, Bruce Jenner fala em desigualdade

Durante entrevista na sexta-feira à noite, Jenner citou a luta da comunidade transgênera por igualdade nos Estados Unidos, e defendeu uma sociedade mais segura

Bruce Jenner: "Gostaria de trabalhar com a comunidade para levar sua mensagem. Eles sabem muito mais do que eu. Eu não sou porta-voz da comunidade" (Getty Images)

Bruce Jenner: "Gostaria de trabalhar com a comunidade para levar sua mensagem. Eles sabem muito mais do que eu. Eu não sou porta-voz da comunidade" (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2015 às 14h09.

LOS ANGELES - Ao se declarar transgênero, a estrela de TV e medalha de ouro olímpica dos Estados Unidos Bruce Jenner deixou claro que apesar de ter a intenção de ajudar a aumentar a consciência sobre os problemas enfrentados pelo grupo, não está se apresentando como porta-voz.

Durante entrevista à rede ABC na sexta-feira à noite, Jenner citou a luta da comunidade transgênera por igualdade nos Estados Unidos, e defendeu uma sociedade mais segura, com maior aceitação e entendimento - tanto em Washington, como na Igreja e na imprensa.

"Gostaria de trabalhar com a comunidade para levar sua mensagem. Eles sabem muito mais do que eu. Eu não sou porta-voz da comunidade", disse Jenner, de 65 anos, agora o norte-americano mais famoso a se declarar transgênero.

Colocar um rosto e nome tão conhecido para a causa dos transgêneros pode ajudar a acelerar a corrida por igualdade, assim como apoios de outros famosos deram força à luta pela legalização do casamento gay nos EUA, disseram pessoas que trabalham com a comunidade.

Nos últimos anos, a visibilidade do grupo têm aumentado. Hollywood começou a abraçar personagens transgêneros em programas de TV como "Transparent" e "Orange Is the New Black", cuja estrela Laverne Cox apareceu na capa da revista Time no ano passado.

Mas a aceitação por parte da sociedade ainda está em seu início, tornando a transição difícil tanto para famosos como para anônimos.

"Ainda há muitas pessoas com ódio e que não entendem completamente", disse Barbara Warren, psicóloga e diretora dos Serviços de Saúde LGBT no Sistema de Saúde Monte Sinai, em Nova York.

"Quanto mais pessoas famosas e influentes compartilharem e humanizarem a experiência transgênera, mais nosso sistema social irá aceitar", acrescentou Warren.

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