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Após Trump, União Europeia se prepara para retirar sanções financeiras contra a Síria

Fontes diplomáticas afirmaram que decisão deve ser oficializada ainda nesta terça-feira, durante uma reunião em Bruxelas

Sanções à Síria: UE prepara retirada de sanções econômicas em meio à tentativa de reconstrução do país após guerra civil (Bakr Al Kasem/Anadolu/Getty Images)

Sanções à Síria: UE prepara retirada de sanções econômicas em meio à tentativa de reconstrução do país após guerra civil (Bakr Al Kasem/Anadolu/Getty Images)

Agência o Globo
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Publicado em 20 de maio de 2025 às 08h40.

Última atualização em 20 de maio de 2025 às 08h40.

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Os países-membro da União Europeia (UE) deram sinal verde nesta terça-feira para a retirada de todas as sanções econômicas impostas à Síria, em uma tentativa de ajudar o país devastado por uma guerra civil de mais de uma década a se recuperar após a queda do regime de Bashar al-Assad.

A decisão ocorre menos de uma semana após o presidente americano, Donald Trump, encontrar-se com o líder sírio, Ahmed al-Sharaa, durante viagem ao Oriente Médio, e prometer que retiraria as sanções.

Fontes diplomáticas em Bruxelas afirmaram que os embaixadores dos 27 Estados-membros da UE firmaram um acordo preliminar para o fim das sanções, que deve ser formalizado e detalhado ao longo do dia após uma reunião em Bruxelas.

Sanções econômicas suspensas; embargo militar permanece

A expectativa é de que o acordo resulte no levantamento das sanções que isolam bancos sírios do sistema global e que congelam ativos do banco central do país. Por outro lado, medidas contra o regime de Assad, como a proibição da venda de armas ou equipamentos militares que pudessem ser usados para reprimir civis, devem permanecer em vigor.

Ainda de acordo com os diplomatas ouvidos pela AFP, o bloco pretende impor novas sanções, sendo essas individuais, contra os responsáveis por atiçar as tensões étnicas no país, após ataques mortais contra as minorias alauita e drusa.

Contexto e expectativas da comunidade internacional

O governo interino sírio, liderado por al-Sharaa — um ex-líder jihadista que teve vínculos com a al-Qaeda e liderou o grupo rebelde responsável por dar o golpe final no regime Assad —, tem clamado para que a comunidade internacional retire as severas punições impostas contra o país, herdadas da época de repressão e guerra civil.

A maior conquista até o momento veio na semana passada, quando Trump aceitou se encontrar com al-Sharaa durante uma agenda na Arábia Saudita, e anunciou que Washington retiraria as sanções ao país. Durante o encontro, Trump disse a al-Sharaa que ele "tem uma tremenda oportunidade de fazer algo histórico em seu país", e instou que ele tome medidas para normalizar relações com Israel e expulse "todos os terroristas estrangeiros" da Síria.

Passos prévios da União Europeia

O bloco europeu já havia dado um primeiro passo em direção a uma normalização na Síria em fevereiro, quando suspendeu algumas sanções contra setores econômicos importantes do país. Autoridades disseram que essas medidas poderiam ser reimpostas se os novos líderes da Síria quebrassem as promessas de respeitar os direitos das minorias e avançar em direção à democracia.

(Com AFP)

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