Redatora na Exame
Publicado em 21 de maio de 2025 às 08h05.
A aprovação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, caiu levemente nesta semana para 42%, igualando o menor nível de seu novo mandato, segundo pesquisa da Reuters/Ipsos.
A sondagem, realizada entre os dias 16 e 18 de maio com 1.024 adultos nos Estados Unidos, indica que a percepção negativa sobre a condução da economia americana segue impactando a avaliação do governo. A margem de erro é de três pontos percentuais.
O resultado apresenta um recuo em relação à pesquisa anterior, quando 44% dos entrevistados aprovavam o desempenho de Trump na presidência.
Apesar dos números baixos em termos históricos, a popularidade de Trump continua superior à registrada na maior parte de seu primeiro mandato e acima da obtida pelo democrata Joe Biden na segunda metade de seu governo, entre 2021 e 2025.
A maior taxa de aprovação de Trump até agora foi de 47%, logo após sua volta à Casa Branca, em janeiro. Desde então, a aprovação tem mostrado pouca variação. Apenas 39% dos participantes da pesquisa consideram positiva a gestão econômica de Trump, número estável em relação à semana anterior.
Trump venceu as eleições de 2024 com a promessa de inaugurar uma era de prosperidade econômica nos Estados Unidos. No entanto, suas medidas agressivas para reformular o comércio global — como a imposição de tarifas elevadas a parceiros comerciais — têm elevado os riscos de recessão, segundo economistas.
A inflação, que disparou durante o governo Biden, vem diminuindo nos últimos anos. Ainda assim, somente 33% dos entrevistados na pesquisa mais recente aprovam a maneira como Trump tem lidado com o custo de vida, uma leve alta em relação aos 31% da semana anterior.
Economistas alertam que as tarifas podem pressionar os lucros dos importadores e reacender a inflação. No último sábado, Trump pediu que a varejista Walmart "absorva as tarifas" em vez de atribuir a alta de preços a elas.
Trump também tem pressionado o Federal Reserve (Fed), banco central do país, a reduzir os juros. Por outro lado, os dirigentes da autoridade monetária demonstram preocupação com o risco de uma nova alta inflacionária.